OCDE e FAO projetam que carne de aves deve ser a mais consumida até 2030
Segundo relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação. as Nações Unidas (FAO), até o final da década, ou seja, 2030, o crescimento no consumo global de carnes deve aumentar em 14% em comparação com a média do período base de 2018-2020, impulsionado em grande parte pelo crescimento da renda e da população. Globalmente, a carne de aves deverá representar 41% de toda a proteína de origem cárnea em 2030, um aumento de 2% em comparação ao período base. As participações globais de outros produtos à base de carne são menores: carne bovina (20%), carne suína (34%) e carne ovina (5%).
O reporte aponta que a disponibilidade das proteínas de origem animal até 2030 devem aumentar em 5,9% no caso da carne bovina, 13,1% para suína, 15,7% para carne de ovinos e 17,8% para proteína avícola.
O consumo de carne está mudando para aves, segundo a análise. Nos países em desenvolvimento e com baixa renda, isso é reflexo do preço mais baixo da carne de aves em comparação com outras proteínas de origem animal, enquanto nos países de alta renda isso indica uma maior preferência por carnes brancas, que são mais convenientes de preparar e percebidas como uma escolha alimentar mais saudável.
Em relação aos preços das aves (representados por carnes frescas, preços de exportação refrigerados ou congelados), estes devem acompanhar a movimentação dos preços dos grãos, dada a alta participação dos custos de alimentação em sua produção e a rápida resposta da cadeia produtiva ao aumento da demanda global, aponta o documento.
É, inclusive, a carne de origem avícola que deve seguir puxando o crescimento global da produção de carnes, apesar de ter adotado um ritmo mais lento, conforme explica o relatório da OCDE-FAO. A relação entre carne X ração melhor em comparação a outros animais, além do ciclo mais curto de produção, permite que os produtores façam ajustes ao observarem os movimentos de mercado. Isso permite também melhorias mais ágeis na genética, saúde animal e práticas alimentares.
"A produção se expandirá rapidamente a partir de ganhos de produtividade sustentados na China, Brasil e Estados Unidos e investimentos feitos na União Européia (devido aos custos de produção mais baixos na Hungria, Polônia e Romênia). A rápida expansão está prevista na Ásia, uma vez que o abandono da carne suína no curto prazo beneficiará as aves no médio prazo", salienta o reporte.
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