Cortes representam quase três quartos da carne de frango exportada pelo Brasil em 2022
Com aumento de, praticamente, 12% em relação ao mesmo período de 2021, os cortes de frango corresponderam a quase três quartos do total exportado pelo Brasil entre janeiro e maio de 2022: somaram 1,4 milhão de toneladas – 150 mil toneladas a mais que no ano passado – e representaram perto de 73% do pouco mais de 1,927 milhão de toneladas embarcadas neste ano.
Porém, a valorização do produto foi bem mais significativa que o incremento no volume. Seu preço médio em 2022 ficou cerca de 24% acima do registrado nos mesmos cinco meses de 2021. Em maio, especificamente, voltou a ultrapassar os US$2.000,00/tonelada, situando-se no melhor patamar dos últimos sete anos e meio.
Da combinação desses dois desempenhos positivos resultou, obviamente, um significativo aumento na receita cambial do produto. Ela é quase 40% maior que a de um ano atrás e responde por mais de 70% dos US$3,686 bilhões de receita cambial auferida no período. Ou seja: se a arrecadação aumentou US$924,6 milhões, os cortes contribuíram com perto de 80% desse aumento.
O frango inteiro foi o segundo principal contribuinte do incremento observado na receita, com incremento de valor de quase 15% em relação a janeiro/maio de 2021. Mas isso foi obtido graças a uma valorização de mais de 23% no preço médio do produto, pois o volume até agora embarcado se encontra perto de 7% aquém do registrado no mesmo período do ano passado.
Em valores relativos, o aumento de receita obtido pelos industrializados e pela carne de frango salgada foi bastante significativo – de, respectiva e aproximadamente, 35% e 52%. Mas embora seu preço seja substancialmente maior que o do produto in natura, eles representaram apenas 6% do volume total exportado pelo Brasil até aqui. De toda forma, propiciaram, juntos, um adicional de receita (US$99,6 milhões) que superou o adicional obtido pelo frango inteiro (US$95,9 milhões a mais).
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