Desempenho do frango (vivo e abatido) na 24ª semana de 2022, terceira do mês de junho
Na terceira semana de junho, 24ª de 2022, o frango abatido apresentou o desempenho típico do período (chegada dos salários ao mercado) e alcançou o melhor preço das últimas oito semanas. Mas, novamente, o advento da segunda quinzena demonstrou ser um divisor de águas. Assim, tudo indica que o valor atingido no último dia 15 (e que permaneceu inalterado no final da semana) poderá corresponder ao pico de preços do mês.
Por enquanto menos mal, pois a recuperação vinda desde o início de junho permitiu reverter o resultado negativo que persistia até a segunda semana. Dessa forma, ao completar os primeiros 12 dias de negócios do mês com valor médio de R$6,98/kg, o frango abatido registra variação positiva de 2,2% sobre o mês anterior. Mas em relação a junho do ano passado essa variação mal passa de 4,5%, ou seja, se encontra muitíssimo aquém da inflação.
Nessas três semanas, a margem de preço entre frango vivo e abatido subiu de forma significativa: não ia muito além de 8% no início do mês e fechou a quinzena em pouco mais de 22%. Mas isso não influenciou nem alterou a remuneração obtida pelo frango vivo, que permanece com a cotação inalterada em R$6,00/kg há mais de 30 dias, desde 16 de maio passado.
Na verdade, parte da recuperação do frango abatido tem sido obtida às custas do frango vivo, pois, procurando manter o equilíbrio entre oferta e procura de seu produto, os abatedouros têm acorrido minimamente ao produto independente. Com a expectativa de reversão nos preços do abatido, a demanda mínima pelo vivo pode se acentuar, colocando em risco a estabilidade dos preços que vêm sendo praticados e que, no momento, são mais de 3% inferiores aos de maio passado e apenas 8,70% superiores aos de junho de 2022, encontrando-se também aquém da inflação.
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