Frango/Itaú BBA: Gripe aviária e petróleo sustentam exportações; no BR, desafio é a competitividade da carne
Conforme análise divulgada nesta segunda-feira pelo banco Itaú BBA, a perspectiva para as exportações da carne de frango brasileira devem seguir positivas, sustentadas pelo preço do petróleo e pelos casos de influenza aviária nos Estados Unidos e União Europeia. Já no mercado interno, a competitividade frente ao dianteiro bovino é um desafio, uma vez que há elevação de preços com a baixa oferta.
O banco detalha que atualmente, nos Estados Unidos, há 34 Estados com surtos de gripe aviária, considerado o caso mais crítico da doença no país em sete anos. Na perspectiva dos analistas do banco, isso "fortalece a perspectiva de boas exportações por parte do Brasil".
Existe também a questão da oferta global de grãos, que deve ser outro ponto de sustentação em relação às exportações de carne de frango por parte do Brasil. "Com o resultado da safra americana em aberto assim como o fluxo de comércio de grãos do Mar Negro são elementos que tendem a sustentar os preços de exportação de carne de frango enquanto não houver alguma sinalização de maior alívio no cenário de custos da ração", detalha o reporte.
O conflito armado entre Rússia e Ucrânia segue mexendo com os preços do petróleo a nível mundial, com o barril do WTI próximo de US$100,00. Esta variável possui ligação com os
preços de exportação de carne de frango do Brasil devido à importância dos países produtores do combustível fóssil entre os importadores. "Isso também tende a influenciar positivamente o preço de embarque, o que consequentemente, alivia o spread das exportações, quem vem melhorando mas ainda segue baixo historicamente".
MERCADO INTERNO
Ainda de acordo com a análise do Itaú BBA, no mercado brasileiro o desafio será continuar aumentando os preços da carne de frango, uma vez que a competitividade está menor em comparação ao dianteiro bovino e mais ainda com a carne suína.
Ainda assim, uma menor oferta e bom escoamento rumo ao mercado externo fazem com que o preço se mantenha sustentado, ou cedendo pouco. "Considerando os preços da ave e os custos parciais de maio até o dia 10, o spread segue sustentado, o que desenha uma perspectiva para o 2T22 bem melhor que o observado nos primeiros três meses do ano", finaliza a análise.
Fonte: Notícias Agrícolas+Itaú BBA
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