Suinocultura Independente: Dezembro chega com muita expectativa para melhora nos preços, mas ainda pouco reflexo de alta nas cotações

Publicado em 02/12/2021 15:06

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Dezembro chegou e com ele a expectativa de melhora nas cotações no setor de suínos independentes. As principais lideranças estaduais são unanimes em esperar uma recuperação das cotações nesta reta final de 2021 com a força do pagamento do décimo terceiro salário e das comemorações de festas de fim de ano como Natal e Ano Novo.

Porém, a animação com a chegada do último mês do ano ainda não se refletiu efetivamente em valorizações na maior parte dos preços das bolsas de suínos das principais praças produtoras nesta quinta-feira (02).

O estado do Paraná, foi o único que já abriu dezembro tendo elevações. Considerando a média semanal entre os dias 25/11/2021 e 01/12/2021, o Indicador do preço do quilo vivo do Suíno LAPESUI/CIA/UFPR teve alta de 2,43%, fechando a semana em R$ 6,93.

“No comparativo mensal das médias semanais, o preço do kg/vivo do suíno no Paraná apresentou alta de 3,33% em relação à semana do dia 03/11/2021.”, informou o reporte do Lapesui, que ainda estima um preço de R$ 6,99 para o suíno vivo na próxima semana, com nova valorização.

Já no mercado mineiro, ficou mantido o preço das últimas duas semanas de R$ 7,50/kg vivo, de acordo com informações da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).

Para o consultor de mercado da entidade, Alvimar Jalles, o mês de dezembro é um período especial para vendas no estado, e tradicionalmente traz elevação de pico na terceira semana do mês. “Este ano em especial, dezembro se inicia com o menor estoque de animais disponíveis para venda desde o início da mensuração. Essa é a dinâmica que estamos iniciando hoje”, afirma Jalles. 

Cenário semelhante é visto em São Paulo, onde as cotações também se mantiveram no patamar, com o quilo do suíno vivo sendo comercializado à R$ 8,00, conforme informado pela Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). 

De acordo o informativo da entidade, essa manutenção foi “motivada pela grande expectativa de melhora nas vendas no atacado e varejo para a próxima semana”.

O Rio Grande do Sul, que negocia os animais no mercado independente às sextas-feiras, também estima a manutenção dos preços em R$ 6,84 para esta sexta-feira (03), mesmo valor do encerramento da última semana, dia 26 de novembro.

“É esperado que o preço se mantenha igual ao da semana passada pelo que se tem visto no mercado, que está muito calmo. É difícil fazer uma projeção para frente, com o mercado muito instável e sem rumo, mas a expectativa é de melhora mais para frente, com as parcelas de décimo terceiro chegando”, pontua Valdecir Folador, presidenta da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs).

Por fim, em Santa Catarina houve um leve recuo, com as cotações passando de R$ 7,18 o quilo para R$ 7,10 o quilo, de acordo com dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). As projeções da entidade apontam a comercialização de 23.801 animais com peso médio de 115 kg para a próxima semana.

Para o presidente da ACCS, Losivanio de Lorenzi, esse recuo nas cotações surpreendeu nesta semana, já que, com a entrada de dezembro, era esperado uma elevação destes preços. “É difícil achar uma explicação, já que dezembro sempre aumenta o consumo, mas o mercado nesse ano sempre tem sido menor do que a expectativa. Houve um aumento de oferta de animais nessa semana com relação a média das últimas semanas, um aumento de oferta em campo com o pessoal segurando as vendas e esperando um aumento de preços que não veio”, explica.

Já para as próximas semanas do último mês de 2021 a projeção da liderança é para uma retomada nas altas nos valores para os suínos. “A renda extra de final de ano ainda não entrou nas contas dos brasileiros, então na semana que vem já deve ter melhora nos preços. Com o dinheiro rodando no mercado, o fim de ano sempre aumenta o consumo pensando nas festas de final de ano. Mas infelizmente, não será um aumento suficiente para tirar o prejuízo da atividade nesse ano”, diz de Lorenzi.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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