Desempenho do ovo em outubro e nos 10 primeiros meses de 2021
Após atingir valor recorde em agosto, o preço do ovo recuou pelo segundo mês consecutivo. Mas ainda que o preço registrado em outubro tenha sido inferior ao dos últimos cinco meses, correspondendo ao terceiro menor valor de 2021, a queda em relação ao mês anterior foi mínima, inferior a 1%, indicando estabilidade para o produto.
Estabilidade, por sinal, é algo que se destaca no mercado desde fevereiro passado. Pois, nos nove meses desde então decorridos, a variação entre os preços mínimo e máximo foi de apenas 14,2% contra, por exemplo, 45% de variação no mesmo período do ano passado. Ao mesmo tempo, o preço médio desses nove meses foi 30% superior à média de idêntico período anterior.
Em relação a outubro de 2020, o valor médio do mês passado foi cerca de 35% superior, índice que pode levar os menos afeitos ao setor a concluírem que se trata de um excelente rendimento, sobretudo se considerado que o milho, principal matéria-prima e grande queixa do setor, registrou nestes 12 meses variação de não mais que 25%.
A questão, porém, não é tão simplificável assim. Porque os preços do milho começaram a explodir bem antes de outubro de 2020. O ideal, por isso, é contrapor os preços atuais à média registrada no comportamento normal de 2019. E, neste caso, constata-se que, frente a uma evolução de 57% do ovo, os preços do milho mais do que dobraram, registrando aumento de 122%. Ou seja: as dificuldades do produtor de ovos persistem.
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