Suinocultura independente: preços em queda ou estáveis preocupam lideranças, já que época seria de maior demanda
A quinta-feira (14) foi marcada por preços estáveis ou caindo no mercado da suinocultura independente. O período do ano, tradicionalmente, deveria ser de oportunidades melhores para o setor, conforme explicam lideranças, já que os frigoríficos preparam os estoques para as festas de final de ano.
Em São Paulo, de acordo com informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Após três semanas consecutivas valendo R$ 7,73/kg, o quilo do suíno vivo caiu para R$ 7,20/kg.
O presidente da entidade, Valdomiro Ferreira, explica que o mercado está pressionado devido aos preços do animal abatido, e não houve opção para os suinocultores a não ser aceitar a proposta mais baixa vinda dos frigoríficos.
"O que preocupa é que estamos chegando perto do 15 de dezembro, que é quando o mercado vai estocando. Temos apenas 2 meses para mudar esse cenário. Enquanto não reduzir a oferta, não reverte, e isso demoraria cerca de seis meses para acontecer", explicou Ferreira.
O mercado mineiro se manteve estável pela quinta consecutiva em R$ 7,50/kg, mas desta vez, sem acordo entre frigoríficos e suinocultores, sendo o valor de comercialização sugerido pela Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).
Segundo o consultor de mercado da entidade, Alvimar Jalles, o cenário em Minas Gerais não se alterou, o peso e as idades dos animais nas granjas estão numericamente abaixo dos níveis do final de ano. "Não é força de expressão...são fatos", disse, se referindo à plataforma que a Associação utiliza para monitorar as vendas.
A queda registrada em Santa Catarina nesta quinta-feira (14) foi pequena, passando de R$ 7,13/kg para R$ 7,12/kg vivo, mas não deixa de preocupar o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi.
Ele pontua que há muita oferta no mercado, e ainda que as exportações estejam boas, não se consegue evoluir em preços. "Isso é uma preocupação muito forte do setor, porque o Governo Federal concedeu a isençãod e PIS/Cofins para importar milho mas o dólar estourou, então não conseguimos trazer milho a um preço mais favorável do que temos no mercado interno", contou.
No estado do Paraná, Considerando a média semanal (entre os dias 07/10/2021 a 13/10/2021), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 1,23%, fechando a semana em R$ 6,81.
"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 6,91", informou o reporte do Lapesui.
Para os gaúchos, que negociam os animais no mercado independente às sextas-feiras, foi registrada estabilidade pela terceira semana consecutiva na última sexta (8), valendo R$ 6,93/kg.
O presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdeci Folador, afirma que a movimentação no Estado indica que a negociação desta sexta (15) deve manter o preço estável novamente.
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