Desempenho do frango (vivo e abatido) na 40ª semana de 2021, segunda de outubro
A expectativa de que, já nos primeiros dias de outubro, o frango abatido experimentaria valorização capaz de reverter o resultado negativo em relação a setembro passado não se consolidou. E pode não se consolidar no restante do mês, o que, se vier a ocorrer, representará o primeiro recuo de preços de 2021 registrado desde fevereiro, pois, neste ano, apenas em janeiro o valor médio do mês foi menor (-1,74%) que o do mês anterior.
O fato é que o primeiro decêndio de outubro terminou sem que se alcançasse o topo de preços de setembro – até aqui o maior do ano. Assim, enquanto nos primeiros 10 dias do mês passado (seis dias de negócios) o valor médio do período chegou aos R$7,81/kg, em outubro corrente – mesmo período, idênticos seis dias de negócios – a média não passou dos R$7,52/kg – o que corresponde, por ora, a uma redução de quase 2% em relação à média do mês passado.
É notório, ainda, o nível de variação em relação a outubro do ano passado: no momento apresenta evolução anual positiva de 35,87%, mas corresponde ao menor nível dos últimos sete meses – sem que os custos de produção tenham evoluído na mesma proporção (ao contrário, pelo último levantamento da Embrapa Suínos e Aves, em agosto passado o custo de produção do frango sofreu aumento anual superior a 50%; e nada indica que de lá para cá tenha apresentado retrocesso substancial; se é que apresentou alguma queda).
Quanto ao frango vivo disponibilizado pelos produtores independentes no interior de São Paulo segue indiferente às variações de mercado enfrentadas pela ave abatida, devendo completar, nesta semana, 13 semanas corridas (91 dias) com a cotação inalterada em R$6,00/kg. Indicação de que a oferta continua ajustada – sem excedentes que impliquem em queda de preço mas, ao mesmo tempo, com demanda contida para evitar interferência maior no mercado do abatido.
Na semana, a única modificação no mercado de aves vivas ocorreu em Minas Gerais, onde o frango vivo obteve cinco centavos de reajuste e, com isso, vem sendo negociado por R$6,20/kg em mercado até aqui firme.
Com esse valor, o frango vivo mineiro alcança a maior diferença do ano – 20 centavos a mais por quilo – em relação ao produto paulista. Quatro meses atrás essa diferença chegou a 50 centavos, mas a favor de São Paulo. Ou seja: de lá para cá o preço do frango vivo paulista foi corrigido em 9% e do mineiro em 24%, o que, sem dúvida, resulta de reação à baixa remuneração anterior.
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