Milho x frango abatido: relação de preços melhora, mas poder de compra continua o menor em 10 anos
Depois de, em maio deste ano, alcançar o maior valor da história – R$104,83/saca, 95% mais que no pico de preço de 2016 (R$53,86/saca no mês de maio) e 94% a mais que há um ano (R$54,10/saca em maio de 2020), o milho vem registrando ligeira estabilização e inicia outubro de 2021 com a menor média dos últimos cinco meses: R$95,00/saca, valorização de 27% em relação a outubro do ano passado.
O frango abatido, que desde 2020 vem tentando acompanhar a evolução de preços de sua principal matéria-prima, conseguiu, enfim, entrar em um processo de revitalização que, vindo desde o início deste ano, chegou a seu ápice em agosto. Por ora, a média registrada (cerca de R$7,47/kg no Grande Atacado da cidade de São Paulo para o produto resfriado) ainda é inferior à do mês anterior, mas tende a ser superada no decorrer desta semana. De toda forma, alcança valor 35% superior ao de um ano atrás – o que significa, também, que pela primeira vez nos últimos dois registra variação anual de preço superior à do milho.
Tudo resolvido, certo? Errado. Pois, a despeito de nos últimos dois meses o poder de compra do frango abatido em relação ao milho ter ficado acima da média registrada em 2020, a média deste ano permanece no pior nível dos últimos 10 anos ou, provavelmente, de toda a história dos dois itens.
Na média dos oito anos transcorridos entre 2012 e 2019, uma tonelada de frango abatido gerou receita suficiente para adquirir 6,120 toneladas de milho. Neste ano o volume adquirível é cerca de 35% menor, não indo além das 4 (quatro) toneladas.
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