Desempenho do ovo em junho e no primeiro semestre de 2021
Em junho, mesmo sem poder contar, por mais um ano, com as festas juninas, grande consumidora do produto no mês, o ovo recuperou-se da perda enfrentada em maio, fechando os últimos 30 dias do primeiro semestre com uma valorização mensal de 7,18%.
Mas, ainda assim, encerrou a primeira metade de 2021 com preços superiores apenas aos de janeiro e maio, ou seja, sem ainda conseguir alcançar os valores registrados no trimestre fevereiro/março/abril.
É verdade que, em termos anuais, a valorização obtida foi bastante expressiva, superando os 38,5%. Mas isso não decorre exclusivamente dos ganhos recentes e sim, muito mais, dos baixos preços enfrentados um ano atrás (em junho de 2020, em apenas dois meses, os preços do ovo recuaram quase 25%).
Sob esse aspecto, por sinal, o ovo completa os primeiros seis meses de 2021 com um desempenho médio perto de 20% superior ao de idêntico período do ano passado quando, em decorrência do isolamento social imposto pela pandemia, alcançou (entre março e abril e não apenas no Brasil) valores recordes históricos. Mas não só isso. Em 2020, a melhora de preço observada entre janeiro e junho foi de 20%. Neste ano ficou em, aproximadamente, 30%.
Nada disso, porém, significa que o ovo tenha apresentado um bom desempenho econômico: os custos absorveram tudo o que aparenta ser ganho. Para comprovar basta observar que, frente a uma valorização semestral de 20%, a principal matéria-prima do ovo, o milho, registrou aumento médio de quase 75%.
Demonstrando, entre janeiro e junho de 2020 uma caixa de ovos gerou receita suficiente para adquirir 1,65 saca de milho. Neste ano, mesmo período, o valor recebido pelo ovo comprou apenas 1,13 saca de milho, volume quase um terço menor que o do ano passado.
A despeito desse problema persistir neste segundo semestre de 2021, o desempenho do ovo no período deve ser bem mais equilibrado e muito menos traumático que o registrado nos mesmos seis meses do ano passado, ocasião em que (fato raro) o preço médio recuou perto de 10% em relação ao primeiro semestre. E o que aponta para tempos melhores é a retomada das atividades econômicas e sociais à medida que avança a vacinação da população contra a Covid-19.
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