Suinocultura: Custos de produção preocupam a ACCS
O mercado independente de suínos está preocupado com a queda do preço pago pelo quilo do animal vivo, que na semana passada foi de R$ 8 para 6,80. Enquanto isso, o custo de produção não para de subir com a saca do milho cotada a mais de R$ 110. Nos primeiros quatro meses do ano passado o valor do insumo estava na casa dos R$ 48/saca e a tonelada do farelo de soja não chegada aos R$ 1 mil. Hoje o componente da ração animal está na casa dos R$ 2.500/t. De janeiro 2020, o quilo do suíno vivo estava próximo dos R$ 6.
O presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi, ressalta que em outubro do ano passado a entidade já alertava a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, sobre os impactos negativos na suinocultura com as altas dos insumos. O representante da Associação solicitou a isenção de impostos na importação de milho do Mercosul como uma alternativa para os suinocultores de Santa Catarina que dependem do grão vindo da região central do Brasil. Com a medida seria possível comprar o produto 11,75 mais barato – sem o Pis/Cofins.
“O nosso pleito infelizmente não foi atendido. Reiteramos esse pedido em janeiro deste ano. Na semana passada a ABPA encaminhou um ofício ao presidente da República cobrando ações para o setor produtivo de proteína animal. Nós vemos que se esses pleitos não forem atendidos teremos uma quebradeira generalizada não apenas para os produtores, mas também para pequenos e médios frigoríficos que têm modelo de integração”, analisa Losivanio.
Losivanio cobra que as lideranças governamentais façam políticas que incentivem o setor produtivo, já que muitos produtores podem abandonar a atividade por não conseguirem arcar com os custos de produção. “Durante a pandemia nós não paramos. Trabalhamos para abastecer as gôndolas dos supermercados e levamos comida de excelência para o mundo. Ou o governo toma uma atitude ou teremos muitos suinocultores independentes fora da atividade”.
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