Suinocultura: APS celebra 50 anos de fundação e lança selo comemorativo
Um selo comemorativo e uma programação que se estenderá até novembro, com várias atividades, devem marcar a passagem dos 50 anos da APS, Associação Paranaense de Suinocultores, que completa cinco décadas de existência neste dia 30 de março de 2021. A entidade tem como principal missão dar apoio à suinocultura do Paraná e defender as demandas da atividade, procurando contribuir para a produção de carne suína de qualidade, com total sanidade e observando as medidas de preservação ambiental e de biosseguridade nas granjas de suínos do Paraná.
Como representante da classe suinícola paranaense, a APS tem se destacado nos últimos anos ao participar do processo que visa garantir ao Paraná um status sanitário que lhe permita competir no território nacional e no mercado internacional, avançando com as exportações da carne suína produzida no estado, fruto do trabalho de milhares de produtores, da agroindústria e das cooperativas que atuam no setor.
Ao longo da sua história, a Associação Paranaense de Suinocultores tem procurado fomentar a suinocultura para que a atividade fortaleça a economia de vários municípios do Paraná, onde estão localizadas cerca de 100.000 granjas de suínos e diversas agroindústrias, com fomento e plantas frigoríficas.
Produção do Paraná é expressiva
O Paraná é um dos maiores produtores de suínos do Brasil, dividindo a liderança com os outros estados do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A produção paranaense está perto de um milhão de toneladas/ano, com mais de 620 mil matrizes alojadas e próximo a abater dez milhões de cabeças por ano, num mercado em ascensão, onde a suinocultura contribui com cerca de R$ 6,5 bilhões para a formação do Valor Bruto da Produção Agropecuária do Paraná.
Nesse contexto, a suinocultura paranaense gera empregos e renda, tanto no campo, com a mão de obra nas granjas, quanto na cidade, na transformação da matéria prima produzida pelos suinocultores, o que se verifica com mais intensidade nas regiões Oeste e Sudoeste, onde está a maior parte da produção suinícola do Paraná, assim como nas regiões Centro-Sul e Sul do estado. O destaque da atividade sao os municípios de Toledo, atualmente o maior produtor nacional de suínos, Marechal Cândido Rondon, Entre Rios, Palotina, São Miguel do Iguaçu, Matelândia, Francisco Beltrão e Pato Branco.
Sistema suinícola estadual
O sistema suinícola representado pela APS coordena todo o trabalho em torno da atividade nas regiões produtoras de suínos, seja diretamente pela entidade estadual, ou através das suas afiliadas, as associações municipais e regionais, a SUINOSUL, associação que abrange produtores da região Sul do Paraná, e a ASSUINOESTE, que abrange mais de 20 municípios da região Oeste do Paraná, dando suporte e apoio aos suinocultores e defendendo suas demandas, atuando com o objetivo de encontrar soluções para os desafios dessa cadeia produtiva de proteína animal, que tem se tecnificado e se aprimorado com o passar dos anos.
Nas suas cinco décadas de existência, a APS promoveu o bom relacionamento com as demais entidades representativas do setor produtivo, enquanto esteve envolvida com os demais personagens da cadeia suinícola, incluindo a agroindústria e o sistema cooperativo, sempre próxima dos produtores e empresas que atuam direta ou indiretamente no segmento, com vistas ao incremento da suinocultura. Isso inclui o incentivo ao aumento do consumo per capta da carne suína, participando das campanhas da ABCS, Associação Brasileira de Criadores de Suínos.
Conquistas recentes ligadas à sanidade
Em breve, o Paraná terá o reconhecimento internacional pela OIE, Organização Mundial da Saúde Animal, como Zona Livre da PSC, Peste Suína Clássica, e também como Área Livre de Febre Aftosa sem vacinação, duas grandes conquistas relacionadas ao histórico mais recente de atuação da Associação Paranaense de Suinocultores, que trabalhou incessantemente nos últimos anos, apoiando as ações adotadas pelo Governo do Estado do Paraná, através da SEAB, Secretaria de Agricultura e Abastecimento, e da ADAPAR, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, que visavam o aumento do status sanitário do estado.
O novo status sanitário do Paraná permitirá a abertura de novos mercados no exterior e consequentemente uma maior valoração do preço do suíno no estado, contribuindo para o estabelecimento de meios que garantam um preço mais justo, que é uma antiga luta da suinocultura.
Para que essas conquistas ocorressem no campo sanitário, foi instituído o GEASE, Grupo Especial de Atenção às Suspeitas de Enfermidades Emergenciais, por meio da ADAPAR. Esse Grupo está preparado para atuar no controle e erradicação de doenças de emergência sanitária, com risco de saúde dos animais de interesse da defesa sanitária, relacionada às situações de epidemia ou chegada de alguma doença exótica que venha de outro país. Com isso, se ampliaram as condições para que o Paraná possa agir rapidamente caso ocorram confirmações de doenças sanitárias animais e, assim, evitar prejuízo econômico e principalmente causar risco à saúde.
A implantação do GEASE foi decisiva para influenciar positivamente nas exportações e o Paraná agora está prestes a comemorar, no próximo mês de maio, a obtenção do reconhecimento internacional como área livre da PSC.
Em paralelo à busca pelo aumento do status sanitário do Paraná, o que incluiu medidas de biosseguridade nas granjas, a APS tem dado atenção às principais demandas da suinocultura, presente nos debates que acontecem em torno de temas relacionados à sanidade animal, sustentabilidade, bem-estar animal e demais assuntos que afetam o aspecto econômico da atividade, como a garantia de preço justo e o controle nos custos de produção. Nesse sentido, também está atenta à negociação com as empresas integradoras, já que 80% da atividade está baseada no formato de negócios da integração.
Uma grande conquista, ocorrida em 2016, foi a criação da chamada Lei da Integração, que garantiu melhores condições de acompanhar o desenvolvimento do sistema integração e que o produtor integrado pudesse ter mais força nas discussões junto à agroindústria.
Outras demandas defendidas pela APS envolvem o abastecimento de milho no Brasil; abwetura de linhas de crédito para investimentos em tecnificação, climatização e Bem-Estar Animal (BEA) nas granjas, assim como para instalação de biodigestores e geradores, além de questões relacionadas à Defesa Agropecuária, dentro dos programas nacionais e estaduais da área. Para tanto, a entidade tem participação direta nos debates travados tanto no Paraná, como em Brasília, atuando junto à Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), da qual é afiliada.
Junto a essas demandas está o empenho da APS pelo aumento do consumo per capta da carne suína, a partir de uma maior divulgação quanto à saudabilidade e os benefícios da carne suína como fonte de proteína animal.
Presidentes da APS nos 50 anos
Desde que foi criada em 1971, a Associação Paranaense de Suinocultores teve 14 presidentes. Atualmente, é presidida por Jacir José Dariva, e os demais presidentes, por ordem de mandato, foram: Joaquim Felipe Laginski, Oswaldo Euclydes Aranha, Inivaldo Martini, Lauro Teixeira de Freitas, Sydnei Augusto Teixeira, João Luiz Seimetz, Cândido Scholl, Henrique Pedro Nesello, Sessuaf Mecissuaf Polanski, Romeu Carlos Royer, Irineu Wessler, Carlos Guesdorf e Darci Backes.
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