Frango: mercado global deve ter recuperação no 2º semestre, mas custos de produção devem continuar altos, aponta Rabobank
De acordo com relatório divulgado nesta segunda-feira (22) pelo Rabobank, as perspectivas futuras para o mercado de carne de frango em 2021 deve seguir por dois caminhos, com pico de demanda no varejo e queda nas cadeias de foodservice. O ponto de atenção destacado pelo banco é de que os custos de produção, principalmente com a alimentação das aves, devem permanecer altos e voláteis.
O reporte do banco traz as perspectivas baseadas na disrupção significativa causada pela pandemia da Covid-19 nos mercados, negócios e cadeia de suprimentos, com grandes diferenças de performance entre companhias como jamais se viu antes.
A expectativa para 2021 é de uma "estrada de mão dupla", com mais grandes impactos nos elos da cadeia, com pico no varejo e demanda online, e queda na demanda nas redes de foodservice, especialmente durante os lockdowns.
Para os analistas do Rabobank, as condições vão iniciar uma recuperação gradual quando a Covid-19 começar a ser mais controlada a partir do segundo semestre de 2021 e em 2022, com a vacinação tendo maior cobertura. Isso tudo deve acontecer em um contexto de altas e volatilidade nos custos da alimentação dos animais.
Da perspectiva da demanda, deve haver uma dualidade na tendência de mercado definida pelo consumidor com alto poder aquisitivo, demandando produtos de maior valor no varejo de um lado, e do outro, consumidores que foram prejudicados economicamente pela pandemia focados no preço do alimento.
Temas-chave para os investidores durante esta fase de 2021 serão o posicionamento de mercado, controle de custos e gestão de suprimentos.
Passando a olhar para o rescaldo da pandemia em 2022, o banco enxerga o retorno de oportunidades de investimento otimistas para a indústria global em um ambiente pós Covid-19 em que os principais temas de investimento serão diferentes de antes da pandemia.
A demanda por carne de aves será caracterizada pela forte demanda contínua, apesar da recuperação da Peste Suína Africana em países que foram afetados pela doença e do crescimento do consumo de proteínas alternativas.
Os canais de distribuição devem mudar, com a continuidade e força vendas em casa e online, o que também deve mudar as oportunidades para o mix de produtos.
Líderes de companhias e investidores devem revisar constantemente as condições de mercado e ajustar o posicionamento para otimizar o crescimento e retornos.
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