Preço dos suínos no mercado independente "derretem" enquanto custos de produção pressionam
Nesta semana, as principais bolsas de suínos independentes do país registraram queda nos preços, com exceção de Minas Gerais, que nesta quinta-feira (28) conseguiu manter o mesmo valor da semana anterior. Lideranças do setor se preocupam não apenas com a queda nos preços pagos pelos animais, mas também com o alto custo de produção que pressiona ou até deixa no vermelho as margens de lucro.
Em São Paulo, segundo informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), pela segunda semana consecutiva não houve acordo com os frigoríficos. Os suinocultores pediram o valor de R$ 6,13/kg vivo.
O presidente da APCS, Valdomiro Ferreira, explica ainda que o Estado tem mais um agravante: o decreto do Governo de São Paulo que retirou a isenção para frigoríficos e cadeia distribuidora de carnes, o que deve fazer com que o produto paulista perca competitividade frente Às proteínas de outros Estados.
Leia Mais:
+ Suinocultura paulista tem competitividade ameaçada com decreto do ICMS
+ Setores de carnes e leite protestam em São Paulo nesta quarta-feira (27) contra decreto do ICMS
Santa Catarina, que também negocia os animais no mercado independente às quintas-feiras, registrou queda de R$ 7,43/kg para R$ 6,99/kg vivo, de acordo com dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS).
Segundo o presidented a entidade, Losivanio de Lorenzi, as quedas expressivas assustam, sobretudo quando comparadas à proporção maior das altas nos custos de produção. "Não sabemos onde isso vai parar, Devemos ter, pelo menos neste primeiro trimestre vai ser complicado até o mercado interno melhorar", disse.
Nesta quinta-feira (28), a bolsa de suínos da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg) informou que o acordo entre produtores e frigoríficos foi de manter o mesmo preço da semana anterior para o suíno vivo, R$ 6,00.
Para o consultor de mercado da Asemg, Alvimar Jalles, com a estabilidade no valor, o mercado demonstra melhoria dos negócios com a manutenção dos preços mesmo sendo a última semana do mês de janeiro.
"Aguardamos melhorias no ritmo do mercado interno com o início do próximo mês e também a estabilidade controla as possíveis ofertas dos produtores por simples expectativas".
No Rio Grande do Sul, que negocia os animais às sextas-feiras, também houve queda na última, dia 22. O preço do quilo do suíno vivo passou de R$ 7,41/kg para R$ 7,29/kg vivo
Considerando a média semanal (entre os dias 21/01/2021 a 27/01/2021), o indicador do preço do quilo do suíno do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 7,66%, fechando a semana em R$ 6,34. No comparativo mensal das médias semanais, o preço do quilo do animal vivo no Paraná apresentou queda de 13,43% em relação à semana do dia 30/12/2020.
"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 6,19", informou o reporte do Lapesui/UFPR.
0 comentário
Sexta-feira (20) de preços mistos para o mercado do frango
Preços estáveis ou em queda marcam esta sexta-feira (20) para o mercado de suínos
Gripe aviária eleva preços de ovos nos EUA a valores recordes antes do Natal
Instituto Ovos Brasil projeta 2025 com foco em campanhas estratégicas e fortalecimento do consumo de ovos
Frango/Cepea: Avicultor recupera poder de compra
Ovos/Cepea: Oferta limitada eleva preços com força