Produção de frango no Brasil deve bater recorde em 2021, com 10,4 mi/t, diz USDA

Publicado em 04/09/2020 15:00 e atualizado em 05/09/2020 18:56
Exportações de frango devem aumentar 3% em 2021 e chegar às 4 mil toneladas, segundo relatório do Departamento

LOGO nalogo

Em relatório divulgado na quarta-feira (2) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), detalhando previsões para o mercado de frango brasileiro em 2021, a expectativa de produção da proteína é de recorde, avançando em 4% e atingindo 10,4 milhões de toneladas. Conforme explica o documento, há também perspectiva de avanço nas exportações na ordem de 3%, chegando a 4 milhões de toneladas embarcadas no ano que vem. 

Os principais drivers que apoiam a previsão recorde de produção incluem a demanda mundial estável por produtos brasileiros e o fortalecimento da demanda interna devido à retomada da atividade econômica com crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,5% esperado para o próximo ano. 

Vários fatores de produção alimentam o otimismo na indústria de proteína animal, tais como custos de ração estáveis, embora em um nível relativamente alto. O aumento do peso da carcaça e as perspectivas de mais um ano de altas margens de lucro também sustentam a perspectiva otimista. 

No entanto, existem três incertezas para o setor de proteína animal em 2021 incluindo flutuações na taxa de câmbio, uma frágil recuperação econômica mundial e um ressurgimento de casos de Covid - 19.

CONSUMO

O consumo doméstico de frango deve crescer ainda mais em 2021 e chegar a um recorde de quase 10,5 milhões, um aumento de 4,5% em relação ao ano passado. Isso pressupõe que a economia brasileira vai se recuperar em 3,5% no próximo ano e haverá maior poder de compra do consumidor. Além disso, a competitividade da carne de frango em relação à carne bovina e suína deve continuar no próximo ano.

MERCADO EXTERNO

Conforme o relatório do USDA as exportações de frango se recuperem em mais de 3% em 2021 e cheguem a quase 4 milhões de toneladas, impulsionadas principalmente pela contínua demanda mundial, que é em parte resultado de uma combinação da crise da Peste Suína Africana (PSA) e Gripe Aviária. Embora China e Hong Kong representem um média de 20% do destino da carne de frango brasileira, o Brasil tem um mercado de exportação mais diversificado e menos dependente da China do que outras proteínas exportadas, como a suína. O Oriente Médio e a África, por exemplo, respondem por quase metade das exportações brasileiras de frango.

De acordo com analistas comerciais, a reabertura de muitas economias e uma melhoria geral da economia e perspectiva comercial para 2021 trará de volta importantes mercados, como Arábia Saudita, Japão, União Europeia e África do Sul. Esses mercados reduziram suas importações do Brasil em 2020 devido ao impacto do coronavírus. 

No entanto, frango é a mais frágil entre as proteínas neste momento no Brasil. O alto preço do farelo de soja e do milho, em parte por causa da demanda chinesa, representa um desafio para a preservação de margens de lucro e preocupa as agroindústrias. Além disso, de acordo com analistas brasileiros, o preço da carne de frango no mercado chinês vem caindo, pressionado pelo recorde de produção de aves no gigante asiático. 

Leia Mais:

+ Projeção do MAPA para a década 2020/30 aponta produção e consumo da carne de frango em primeiro lugar

 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

2 comentários

  • Othmar Heleno Rempel Cascavel - PR

    Srs, este números estão corretos? 10,4 m/ton? Não seria mais?

    1
  • Gilberto Rossetto Brianorte - MT

    Se para cada quilo de frango precisa-se 3 de milho ... estamos falando de 30 milhões t. de milho só para frango. Se for isso, melhor as empresas brasileiras começarem a comprar milho.

    0