Apesar de estarem no vermelho, analista aponta estabilidade nas exportações de carne de frango

As exportações de carne de frango têm seguido a mesma tendência desde o mês de junho, mantendo as médias diárias de volume e de pagamento praticamente nos mesmos patamares. Segundo Yago Travagini, analista de mercado da Agrifatto Consultoria, as quedas de volume que em meses de abril e maio foram em torno de 20% a 30%, agora se estabilizaram entre 5% a 6%.

De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (27) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Governo Federal, No caso do volume exportado, nos primeiros 18 dias úteis de julho foram embarcadas 274.992.788 toneladas, 73,93% do volume embarcado em junho passado, 371.804.508 toneladas.

As toneladas por média diária embarcada de frango, 15.277.377 até o 18º dia útil do mês, são 5,49% a menos do que as 16.165.413 registradas em julho de 2019. 

O faturamento nas quatro primeiras semanas de julho com as exportações de carne de frango foram de US$ 363.009.203, cerca de 57,75% da receita com a venda do produto em julho de 2019, que foi de US$ 628.492.698. 

A média diária paga pela carne de frango exportada por enquanto neste mês foi de US$ 20.167.177, quantia 26,20% inferior ao valor de US$ 27.325.769. Em relação ao preço pago por tonelada, o recuo neste mês de julho está estimado em 21,91%, quando comparados os US$ 1.320.068 praticados atualmente contra os US$ 1.690.384 no mesmo mês do ano passado.

"A China está demonstrando a preferência pela carne suíne e bovina, haja visto os resultados das exportações destas proteínas, e se vê que a carne de frango vem perdendo espaço. Além disso, houve também a diminuição das compras por parte de países do Oriente Médio e da Coréia do Sul, o que era esperado para uma crise mundial", finalizou.