Adapar emite Nota Técnica sobre Influenza A (H1N2)v em humanos no Paraná
A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) informou à OMS (Organização Mundial da Saúde) que detectou um caso de doença respiratória provocado por uma variação do vírus influenza A H1N2. O caso foi identificado em uma mulher de 22 anos de idade que trabalha em um abatedouro de suínos no município de Ibiporã/PR. Os sintomas e atendimento médico inicial ocorreram em 14 de abril de 2020. Em 22 de junho, o sequenciamento genético, realizado por meio de PCR-RT, caracterizou esse vírus como um vírus influenza A (H1N2) v. Importante destacar a pessoa infectada pelo vírus da Influenza A (H1N2)v teve contato com os animais já abatidos, o que diminui as chances de contaminação.
A Secretaria da Saúde tem feito o acompanhamento dos familiares e pessoas que tiveram contato com a paciente, que já esta totalmente recuperada. De acordo com a literatura existente, não há comprovação da transmissão entre humanos, da Influenza A (H1N2).
A Adapar realizou um levantamento das propriedades que enviaram suinos para o abate no período padrômico da doença. Foram 34 propriedades, sendo 22 no Estado do Paraná e 12 de outros Estados. As propriedades estão sendo monitoradas. Não há sinais clínicos nos animais vistoriados até o momento. Os produtores estão sendo orientados a notificarem as Unidades da Adapar no caso de aparecimento se sinais clínicos nos animais, e a procurarem a Unidades de Saúde caso estejam com sintomas de gripe.
A influenza é uma doença respiratória viral aguda, que afeta suínos e outras espécies, incluindo humanos
Na suinocultura, os produtores lutam constantemente contra patologias que acometem o sistema respiratório dos animais, como a Influenza A, influenciando na produtividade e nos ganhos na atividade. Dentre os agentes mais comuns, o Vírus Influenza A (VIA) consegue infectar uma grande variedade de animais e espécies, como: humanos, suínos, equinos, mamíferos aquáticos, aves de produção e aves silvestres
Quando há um surto na granja, os sinais clínicos provocados são: doença respiratória aguda, taquipneia, tosse, febre (40 – 41,5°C), baixo consumo de ração, apatia, conjuntivite e descarga nasal. A recuperação clínica pode ser rápida, entre 5 a 7 dias após o início dos sinais, desde a não ocorrência de infecções secundárias. Em humanos, alguns sintomas são semelhantes (Vicent et al., 2008).
Não há surtos epidemiológicos de doenças de notificação obrigatória, incluíndo Influenza A (H1N2), ocorrendo na produção suína do Paraná neste momento.
O consumo da carne suína é segura.
Medidas de biosseguridade são as mais importantes para o controle da influenza e de outras doenças no rebanho. A Portaria 265/2018 da Adapar dispõe sobre a biosseguridade mínima para estabelecimentos que produzem suínos para fins comerciais no Estado do Paraná
Recomendações aos produtores de suínos:
- Limpeza e desinfecção das instalações antes da entrada de novos lotes;
- Vazio sanitário, que somado à desinfecção, permite a destruição dos patógenos não eliminados no processo de lavação;
- Dispor de um sistema de desinfecção para a introdução de materiais e equipamentos na granja (ex.: fumigação), ajuda a prevenir a entrada de patógenos;
- Métodos de pulverização ou arcos de desinfecção, com uso de desinfetantes (ex.: rodolúvio), são procedimentos capazes de evitar que veículos entrem com patógenos na granja;
- As pessoas que precisarem entrar na granja devem fazer a troca de calçados e roupas, se possível, adotar a prática de tomar banho;
- “Cinturão verde”, formado por espécies de árvores plantadas em determinadas áreas ao redor da granja, é utilizado para diminuir ou eliminar correntes de ventos, evitando a condução de microrganismos patogênicos para dentro da granja;
- Notificação a Adapar em casos suspeitos.
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