Mercado chinês gera um quarto da receita cambial da carne de frango brasileira
Os últimos dados da SECEX/ME apontam que pouco mais de um quinto da carne de frango exportada pelo Brasil no primeiro quadrimestre de 2020 teve por destino o mercado chinês. Foram perto de 270 mil toneladas que, por sua vez, propiciaram receita de US$531,5 milhões, 25% (um quarto!) da receita cambial total obtida pelo produto nos primeiros quatro meses de 2020.
Perto de 83% do volume seguiram diretamente para a China, que aumentou suas importações em mais de 40% e absorveu quase 223 mil toneladas de carne de frango. O restante chegou ao mercado chinês através de Hong Kong, cujas compras, próximas de 47 mil toneladas, recuaram quase 25% em relação ao mesmo quadrimestre de 2019.
Hong Kong, por sinal, foi quem registrou maior redução de volume no período. Mas não esteve sozinho. Apresentaram significativa redução no total importado os Emirados Árabes Unidos (-18%) e a África do Sul (queda de mais de 13%), dois destinos que, coincidentemente, vêm aumentando suas importações nos EUA (vide, a propósito, “EUA: principais importadores de carne de frango aumentam suas compras em mais de 15%”).
Além, porém, dessas três, houve uma quarta redução - da parte da Arábia Saudita. Neste caso, o recuo foi bem menor, de apenas 3,80%. Mas exerceu profunda pressão na receita cambial (recuo de quase 15%), situação que se repetiu em outros quatro importadores – Emirados Árabes, África do Sul, Hong Kong e Países Baixos.
Apesar, porém, desses retrocessos, o volume total importado pelos 10 principais compradores no quadrimestre aumentou perto de 4%, gerando receita cerca de 2,5% superior. Por sua vez, os demais importadores – 138, pelos dados da SECEX/ME – aumentaram em, aproximadamente, 8% o volume adquirido, mas propiciaram receita cambial que recuou 3,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
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