Suinocultura independente registra quedas, estabilidades e esperança em recuperação de preços com a volta gradativa do comércio

Publicado em 23/04/2020 16:29 e atualizado em 24/04/2020 07:20
Lideranças do setor relatam melhora na procura de frigoríficos por lotes para abate, e acreditam que as próximas semanas as quedas devam começar a ser estancadas

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O mercado da suinocultura independente continua com baixos preços, mas em algumas praças produtoras, a semana foi de estabilidade, e lideranças do setor acreditam que isso seja um bom sinal, apontando para que as próximas semanas os preços parem de cair vertiginosamente.

Em Minas Gerais, segundo Alvimar Jalles, consultor de mercado da associação dos Suinocultores do estado de Minas Gerais (ASEMG), a bolsa de suínos fechou negociação nesta quinta-feira (23) em R$ 4,20/kg vivo, mesmo valor da semana anterior.

"O mercado sinalizou que já atingiu o piso. Parou de cair. Um passo de cada vez. Isso altera as expectativas e a retomada é a próxima etapa. A cada dia podemos ter um novo preço mais alto".

As médias de preço para o suíno vivo no Mato Grosso também se mantiveram em torno de R$ 3,20/kg pela segunda semana, segundo Itamar Canossa, presidente da Associação de Criadores de Suínos do Mato Grosso do Sul (Acrismat).

Ele relata que há muitos animais represados, mas acredita que a retomada gradativa do funcionamento dos comércios em várias regiões do país deva contribuir para uma retomada no consumo. 

Em São Paulo, após uma semana sem referência de preços porque não houve acordo entre produtores e frigoríficos, a bolsa de suínos fechou nesta quinta-feira (23) em R$ 3,73/kg vivo. 

"Em função da perspectiva da abertura do isolamento, com a flexibilização, a expectativa é que possamos retomar a economia no estado de São Paulo na parte de comercialização e compras, e com isso, um melhor consumo de proteína animal. O mais importante é que com essa comercialização espera-se que consigamos estancar as quedas nos preços das últimas semanas". 

No Paraná, a situação foi diferente, com preços caindo de médias de R$ 3,50 na semana passada para R$ 3,30 nesta semana. Jacir José Dariva, presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), relata que há muitos frigoríficos abusando da vulnerabilidade do produtor no momento. 

"Cada dia mais complicado, teve frigorífico com a coragem de oferecer R$ 2,50 o quilo. Poucos animais têm sido vendidos, apesar de existir procura, porque houve escoamento de produção, mas o suinocultor não quer aceitar os preços que o frigorífico oferta. Existe a possibilidade de que o mercado se enxugue um pouco e os frigoríficos comecem a pagar melhor". 

Houve queda de preços também no Rio Grande do Sul, conforme relata Valdecir Folador, presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS). Na semana anterior, o suíno vivo era comercializado a R$ 4,30/kg, e esta semana, em R$ 4,01/kg. 

"O mercado deve ficar meio estável, pelo que tenho visto com outroas lideranças, e sentimentos que na semana que vem ou na outra que os preços comecem a ter força para começar a recuperar".

Da mesma forma, em Santa Catarina o preço também recuoi de R$ 3,97/kg na semana passada para R$ 3,77/kg nesta quinta-feira (23). Segundo Losivanio de Lorenzi, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), a queda nos preços pode ter chegado ao limite. 

"Começou uma procura maior pelos suínos para antecipar algumas cargas, e acredito que as cidades começando a voltar aos poucos, ela vai ter ainda um consumo de carne e que vai fazer com que isso se reverta e não fique estoques com o produtor, frigorífico ou supermercados.

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Tags:
Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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