China detecta febre suína africana em outro carregamento de porcos

Publicado em 21/04/2020 12:46

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 (Reuters) - O Ministério da Agricultura da China disse nesta terça-feira que detectou a febre suína africana mortal em porcos transportados para Sichuan, uma província do sudoeste do país, o mais recente de uma dezena de casos do tipo nos últimos dois meses.

A China está enfrentando a febre suína africana desde agosto de 2018, e desde então a doença se propagou rapidamente pelo maior produtor mundial de carne suína, matando milhões de porcos e fazendo os preços da carne dispararem.

No incidente mais recente, o vírus foi encontrado em porcos em uma caminhão parado para inspeção no condado de Nanjiang, perto da cidade de Bazhong. O caminhão transportava mais de 100 animais e dois estavam mortos, disse o ministério.

Os casos relatados pelo Ministério da Agricultura e de Assuntos Rurais caíram para dois por mês no final do ano passado, mas 13 foram publicados no site da pasta desde março.

Todos os casos, com exceção do de um javali, surgiram em porcos que estavam sendo transportados entre províncias.

"É mais fácil o governo ter acesso a caminhões de transporte de porcos do que confiar na disposição dos criadores para relatar surtos", disse Dirk Pfeiffer, professor de epidemiologia veterinária da Universidade da Cidade de Hong Kong.

Pfeiffer acrescentou que os relatos recentes podem não revelar muito sobre a epidemiologia da doença, já que os casos informados provavelmente são só a ponta do iceberg.

Apesar de as cifras do Ministério da Agricultura sobre o surto apontarem muito menos animais infectados, os dados da própria pasta mostraram que até setembro de 2019 a manada havia encolhido 41% na comparação ano a ano. Muitos da indústria acreditam que ela diminuiu até 60%.

Na segunda-feira, o vice-ministro da Agricultura, Yu Kangzhen, disse que o risco de febre suína africana aumentou de forma considerável recentemente porque os criadores estão se apressando para recompor suas manadas e transferir porcos jovens para novos criadouros.

(Por Dominique Patt)

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Fonte:
Reuters

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