China ordena fechamento de unidade do WH Group em meio a surto de peste suína
Por Josephine Mason
PEQUIM (Reuters) - A China ordenou que a maior produtora de carne suína do mundo, o WH Group, feche um grande matadouro enquanto as autoridades tentam conter a disseminação da peste suína africana (ASF) após um segundo surto em duas semanas no país, que tem o maior rebanho de suínos do mundo.
A descoberta de porcos infectados na cidade de Zhengzhou, na província de Henan, a cerca de mil quilômetros do primeiro caso registrado na China, empurrou os preços de suínos para baixo nesta sexta-feira e despertou o temor de novos surtos de saúde animal --bem como preocupações de segurança alimentar entre o público.
Embora muitas vezes fatal para os porcos, sem vacina disponível, a ASF não afeta os seres humanos, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
A ASF foi detectada na Rússia e na Europa Oriental, bem como na África, embora nunca antes no Leste Asiático, e é uma das doenças mais devastadoras a afetar os suínos. Ela ocorre entre rebanhos comerciais e javalis, é transmitida por carrapatos e contato direto entre animais, e também pode "viajar" via alimentos contaminados, ração animal e viajantes internacionais.
O grupo informou em comunicado que as autoridades municipais de Zhengzhou ordenaram um fechamento temporário de seis semanas do matadouro depois que cerca de 30 suínos morreram devido à doença altamente contagiosa na quinta-feira. A fábrica é uma das 15 controladas pelo maior processador de carne suína da China, a Henan Shuanghui Investment & Development, uma subsidiária do WH Group.
As autoridades da cidade de Zhengzhou proibiram toda a movimentação de suínos e produtos suínos dentro e fora da área afetada pelas mesmas seis semanas.
(Por Josephine Mason; Reportagem adicional de Jianfeng Zhou, Hallie Gu e Ben Blanchard, em PEQUIM, Luoyan Liu, em XANGAI, Jane Chung, em SEUL, e Yuka Obayashi, em TÓQUIO)
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geraldo emanuel prizon Coromandel - MG
A China hoje consome mais de 250 milhões de toneladas de milho, mas suas três últimas safras estão estabilizadas na ordem de 215/225 milhões de toneladas. Este ano, devido ao clima, haverá uma importante quebra da ordem de 25 milhões de ton, ou seja, a safra será reduzida para algo em torno de 200 milhões de toneladas e os estoques cairão drasticamente para 30 milhões de toneladas, o que é nada em se considerando a população de 1.4 bilhão de habitantes. Daí o motivo de se alardearem tanta doença nos plantéis.