Avicultura mineira estuda importar milho para suprir mercado agroindustrial
O setor de avicultura vem sendo impactado de forma agressiva pelo aumento do preço da saca do milho, principal matéria-prima utilizada na preparação da ração dos animais. De acordo com números do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, a média Cepea indica alta de 28,74% nos custos. Em fevereiro, a saca de 60 kg era vendida a R$ 32,84 e ao final do mês de março, seu valor passou para R$ 42,28.
No prazo de um mês, o preço do milho, item que corresponde a 70% do insumo necessário para a produção de carnes e ovos, disparou significativamente. Para dificultar ainda mais a situação dos produtores, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) identificou que a primeira colheita sofreu uma baixa de 17% e, para a segunda safra, é prevista a redução na área de cultivo. Essa escassez e a alta dos preços desestruturam o produtor avícola e causam oscilações no mercado.
Leia a notícia na íntegra no site da Avicultura Industrial.
1 comentário
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elcio sakai vianópolis - GO
Precisamos desenvolver mais o mercado interno, sempre quando o milho sobe ouve-se falar em importação de milho, importação que tem apenas o intuito de abaixar o preço do milho no mercado interno já que esta importação demora meses pra chegar no destino. Um mercado onde todos ganham (produtor e indústria), seria o travamento antecipado (hedge) com um valor justo. O maior problema deste cereal é que a indústria sempre aposta no menor preço a fim de ter um melhor retorno de seu produto final. É sabido que Minas gerais é um estado deficitário de produção de milho, todo o milho produzido neste estado não é suficiente pra abastecer o seu consumo, Goiás estado ao lado de Minas Gerais gera pouco excedente na produção de milho. Então porque a indústria de MG não incentiva o produtor de milho, já travando preços que deem retorno econômico pra quem produz. Produtor em geral só planta milho no verão pra fazer rotação de culturas, Se este produto tivesse uma garantia de remuneração, com certeza as indústrias que consomem milho não estariam encontrando esta dificuldade agora. Regiões de atitudes acima de 900 metros, como as cidades de Uberaba, Uberlândia, Araguari e muitas outras mais, apresentam o clima ideal pra produção de milho, fazendo este atingir o seu maior potencial de produção.
Compartilho essa idéia Elcio Sakai, e penso também que os brasileiros não devem estimular a idéia de negociar soja futuro em Dalian na China. Nós podemos sim ter um mercado de futuros da soja no Brasil, e forte... Aliás, os contratos existem, mas infelizmente somente podemos negociar soja na BM&F através da mesa de operações..., traders de home broker não podem participar do mercado. E mesmo querendo operar através das mesas, os operadores se negam a fazer a operação alegando falta de liquidez. É isso o que acontece, o produtor brasileiro não participa na BM&F e por isso não há liquidez. Coisa que está mudando aos poucos.
A ideia e' excelente,, mas como fazer para torna-la realidade?
Sr. Carlo Meloni, eu ainda nem colhi o meu milho verão e ele já está todo vendido, metade travado mesmo antes de plantar e a outra metade travado no final de março. Independente se o milho verão for mais ou menos rentável, planto todo ano 20% da minha área de verão. Como sou um produtor que já tenho um histórico de todo ano plantar, consigo obter bons travamentos de preços devido às firmas agroindustriais me terem como parceiros... Se a agroindústria fizer uma boa estratégia de mercado, incentivando alguns produtores a plantarem milho, dificilmente faltará matéria prima pra eles... O grande problema no nosso país é que, independente de ser firma ou produtor rural, é quase um insulto pro governo a gente crescer por méritos próprios..., como boa parte está descapitalizada, sempre tentamos dar o pulo do gato. As firmas tentando comprar uma matéria-prima mais barata a fim de ter um melhor retorno, e o produtor de milho tentando vender no preço mais alto, muito acima do custo de produção. Se houver um equilíbrio nesta balança, todos crescem, as firmas tendo a matéria-prima necessária e o produtor plantando uma área condizente, tendo um retorno acima do seu custo de produção.