FAO alerta para novos focos de gripe aviária nos próximos meses
O risco para novos aparecimentos de focos do vírus da gripe aviária aumenta entre novembro e março, quando se esperam mais episódios depois dos registrados na Ásia, África e Europa, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
A pesquisadora da FAO, Sophie von Dobschuetz, afirmou nesta terça-feira (28) para a agência EFE que várias cepas voltaram a ser endêmicas na China, onde estão sendo vacinadas as aves para reduzir a circulação do vírus.
"Como o país não está em condições de eliminar o vírus das populações de aves domésticas por meio do sacrifício, a vacinação ajuda a baixar a pressão do vírus e a reduzir a exposição humana", disse Von Dobschuetz. Essa medida, entretanto, não evita que os animais fiquem infectados, mas estes não ficam doentes e o risco de contágio diminui.
Em 2013 foram detectadas, pela primeira vez, duas pessoas contaminadas pelo vírus H7N9, na China. Este vírus é capaz de causar doenças graves em seres humanos. Estes, no caso, entraram em contato diretamente com mercados de aves vivas ou tiveram contato com aves infectadas.
Uma análise da FAO do último mês de julho alertava o risco de essa cepa aparecer em outras regiões da China e demais países por meio do comércio, o que representa uma ameaça à saúde pública e à segurança alimentar diante da alta probabilidade de contágio.
Nos últimos quatro anos foram confirmados 1.564 casos de infeccções humanas pelo H7N9 em todo o mundo, com 612 mortes, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Tradução: Izadora Pimenta
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