Frango: Preço da carne cai, mas não garante melhora de demanda
Os preços do frango vivo permaneceram estáveis nesta semana, em algumas praças a ausência de movimentação já dura mais de 60 dia. A falta de competitividade frente outras proteínas e o fraco desempenho das exportações, estão entre os principais fatores que colaboram com esse cenário
Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), "agentes têm buscado ajustar a oferta à demanda, estratégia favorecida pelo ciclo de produção mais curto. Isso não chega a dar suporte ou permitir alta significativa nos preços, mas tem ajudado a conter as quedas".
O levantamento de preço realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, Em Santa Catarina a referência é de R$ 2,10/kg. No Rio Grande do Sul o produtor comercializa o animal vivo em média, por R$ 2,15. Já em São Paulo, a cotação está em R$ 2,50/kg, enquanto em Minas a referência é de R$ 2,20/kg.
Muito embora os dados da Apinco venham mostrando consecutivas reduções na produção, a queda nas exportações supera o alojamento de pintos e não faz nenhum efeito positivo para os preços do mercado interno. Segundo a entidade, em maio, a produção brasileira de carne de frango girou em torno de 1,1 milhão de toneladas, recuando mais de 6% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a exportações recuaram 13,8% frente maio/16, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Exportações
Os dados das exportações de carne de frango 'in natura', divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, nesta segunda (19), mostram queda na parcial de junho, em relação ao mês passado e ao mesmo período de 2016.
Em três semanas - equivalente a 11 dias úteis - foram embarcados 158,6 mil toneladas, com média diária de 14,4 mil/t. Esse resultado representa um declino de 0,6% na comparação com o mês anterior e, 17,7% se analisado ao mesmo período de 2016.
Em receita, os embarques totalizaram US$ 263,6 milhões, indicando queda de 0,1% em relação a maio/17, ainda que o preço da tonelada tenha avançando 0,6% no mesmo comparativo. Frente a junho/2016 a receita recuou pouco mais de 12%.
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