Suíno vivo: Excesso de oferta derruba preços na semana
Os preços do suíno vivo sofreram mais uma semana de baixas. Em diversas praças a referência recuou devido a baixa procura por animais no mercado independente. As entidades de classe afirmam que o excesso de oferta tem sido o principal causador da conjuntura baixista.
Conforme pesquisadores do Cepea, além das demandas interna e externa enfraquecidas, a disponibilidade de animais está maior, já que parte das integradoras tem ofertado lotes no mercado independente.
De acordo com o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, é difícil vislumbrar uma melhora nas cotações até o final do mês, pois o setor segue operando com excedentes de oferta interna.
O levantamento de preço realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, apurou queda em quatro praças nesta semana. O maior recuo ocorreu em Santa Catarina, perdendo pouco mais de 8% de seu valor, cotado a R$ 3,10/kg. (Confira o gráfico para acompanhar a movimentação em outros estados).
Para piorar a conjuntura dos produtores independentes, a queda nas cotações reduziu o poder de compra do suinocultor em relação ao milho. De acordo com a Scot Consultoria, na parcial de junho, houve queda de 3,4%. Assim o o suinocultor compra 8,6 quilos de milho com um quilo de suíno, frente aos 8,9 quilos adquiridos em maio.
Segundo a APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos) ambos os elos da cadeia tem demonstrado preocupação pela queda acentuada nas últimas semanas. "É notório que aos atuais preços tanto para o animal vivo quanto para o abatido estão em condições negativas em relação ao custo de produção em ambas as estruturas", diz a Associação.
Exportações
Nem mesmo as exportações tem ajudado a escoar a produção, pelo contrário, geram excesso de oferta no mercado interno desde março.
Os dados das exportações de carne suína 'in natura', divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, nesta segunda (19), mostram queda na parcial de junho, em relação ao mês passado e ao mesmo período de 2016.
Em três semanas - equivalente a 11 dias úteis - foram embarcados 19,2 mil toneladas, com média diária de 1,7 mil/t. Esse resultado representa um declino de 7,9% na comparação com o mês anterior e, 27,9% se analisado ao mesmo período de 2016.
Em receita, os embarques totalizaram US$ 50,9 milhões, indicando queda de 9,4% em relação a maio/17. Frente a junho/2016 a receita também recuou pouco mais de 9%.
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