Frango vivo: Baixa liquidez pressiona cotações na primeira quinzena do mês
A desvalorização da carne e a baixa liquidez têm pressionado os preços reais do frango vivo. Na parcial de junho, a média do animal vivo negociado no estado de São Paulo é de R$ 2,43/kg, a menor desde abril de 2013, apontou levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
Para o Centro, "recuo das exportações na parcial deste mês e as quedas nos valores das principais concorrentes (bovina e suína) contribuíram para o aumento da oferta de carne de frango, o que pressionou as cotações", explica.
Nessa semana, os preços se mantiveram estáveis, porém a expectativa era de que a demanda de primeira quinzena do mês, poderia alavancar as cotações do vivo.
O levantamento de preços realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, apontou estabilidade em todas as praças pesquisadas. Em Minas Gerais a referência é de R$ 2,20/kg. No Paraná o produtor comercializa o animal vivo em média, por R$ 2,05. Já em São Paulo, a cotação está em R$ 2,50/kg.
No atacado, os preços da carne de frango (em termos reais) atingiram o menor patamar da série histórica, iniciada em 2004. "O preço médio do frango inteiro resfriado na parcial deste mês (até o dia 14), de R$ 3,54/kg, é o menor desde junho de 2011, quando era de R$ 3,52/kg (deflacionado pelo IPCA de maio/17)", diz o Cepea.
Exportações
As exportações de carne de frango 'in natura', na parcial de junho - sete dias úteis - estão abaixo do mesmo período do mês passado e, também, do ano passado.
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, no período foram embarcados 82,1 mil toneladas, sendo a média diária de 11,7 mil/t. Esse resultado representa queda de 19,1% frente a maio e, 33% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em receita as exportações totalizaram US$ 137,5, sendo 18% abaixo do mês anterior e, 28,6% menor que em 2016. Já o preço médio subiu 1,3 em relação a maio, ficando em US$ 1.674,3.
Abates
Os dados de abate divulgados nesta quarta (14), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontou que no 1º trimestre de 2017, o abate de frangos (1,48 bilhão de cabeças) foi 5,1% acima do registrado no 4º trimestre de 2016. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, houve aumento de 0,3%.
O Paraná continua liderando amplamente o abate de frangos, com 31,1% da participação nacional, seguido por Santa Catarina (14,7%) e Rio Grande do Sul (14,1%).
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