Receita das exportações totais de carne suína cresce 18,8% em abril
Levantamentos feitos pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) indicam um crescimento de 18,8% na receita das exportações totais de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) no mês de abril, em comparação com o mesmo período do ano passado. As vendas geraram US$ 131,2 milhões em abril deste ano, contra US$ 110,4 milhões no quarto mês do ano passado.
Já o desempenho em volumes embarcados retraiu 17,6%, com total de 51 mil toneladas no mês passado, frente à 62 mil toneladas em abril de 2016.
No acumulado do ano, o setor segue com crescimento expressivo na receita das exportações, com total de US$ 534,9 milhões no primeiro quadrimestre deste ano, contra US$ 385,6 milhões nos quatro primeiros meses de 2016. O saldo em volumes também é positivo, com 230,3 mil toneladas exportadas em 2017, número 1,5% acima do desempenho registrado no primeiro quadrimestre de 2016, de 226,9 mil toneladas.
A Rússia, maior importadora de carne suína do Brasil, expandiu sua participação entre os principais mercados para o setor e agora é destino de 40,5% dos embarques realizados em 2017. No ano, a alta acumulada das vendas para o país chega a 15% em comparação com o ano anterior, com 92,1 mil toneladas exportadas no primeiro quadrimestre deste ano.
“A Rússia é uma parceira sólida e já demonstrou publicamente, por diversas vezes, sua confiança na qualidade do sistema produtivo brasileiro. Os resultados das vendas para o mercado russo atestam nossa credibilidade junto ao Leste Europeu”, analisa Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA.
Outro mercado que tem incrementado as compras é a Argentina, para onde foram exportadas 12,6 mil toneladas entre janeiro e abril deste ano (saldo que supera em 82% o desempenho das vendas para este mercado nos quatro primeiros meses de 2016). Os argentinos importaram 5,5% do total embarcado pelo Brasil neste ano.
Impactadas pelos embargos após os equívocos na divulgação da Operação Carne Fraca, as vendas para a China e Hong Kong decresceram em 2017. Segundo principal mercado, Hong Kong importou 48,4 mil toneladas entre janeiro e abril, volume 19% inferior ao registrado no ano anterior. Terceiro no ranking, o mercado chinês importou 19,2 mil toneladas, número 4% menor segundo o mesmo período comparativo.
“Apesar da suspensão dos embargos, a retomada das exportações tem sido gradativa. Isto, assim como o menor número de dias úteis para realização dos procedimentos de embarque, impactou o saldo final de abril. Este quadro deve ser mais favorável no resultado final das vendas de maio”, analisa Ricardo Santin, vice-presidente de mercados da ABPA.
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