Suíno vivo: Altas de fevereiro se confirmam pela segunda semana
As cotações do suíno vivo no mercado independente seguiram a tendência altista nesta semana. Como era esperado pelo setor, o forte ritmo das vendas externas tem garantido maior liquidez no mercado.
Mas, além do interesse pelos animais vivos, há neste período redução na disponibilidade de matéria-prima que também colabora com o viés altista.
O levantamento de preço realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, apontou alta em sete das oito praças pesquisadas. A maior valorização percentual ocorreu em São Paulo [13,13%], onde o animal vivo saiu de R$ 4,80 para R$ 5,44/kg nesta semana. (Confira o gráfico).
Os levantamentos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) também destacou que a média das cotações em todas as regiões pesquisados superou os cinco reais, pela segunda vez na história.
O Centro relata que em algumas regiões os preços nessa semana chegaram a R$ 5,30/kg, o mais elevado na série histórica do Cepea.
O preço do suíno vivo no mercado independente de Santa Catarina atingiu nesta semana o maior valor desde 19 de novembro de 2014, sendo cotado a R$ 4,50. Com alta de R$ 0,45 os suinocultores comemoram o desempenho atípico do mercado neste início de ano.
"O mercado tem se mostrado bastante firme nos últimos dias. Muitos foram os pedidos de cargas extras e os animais do plantel como um todo estão leves o que nos leva a uma situação positiva ao produtor", conta o gerente geral da Arapé Agroindústria, Roberto Magnabosco.
A explicação para o cenário altista é a redução de oferta em todo o país, aliado ao estoque enxuto das agroindústrias. “Não há suíno pesado no mercado, à oferta está baixa e as grandes indústrias estão procurando suínos no mercado independente”, destaca o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi.
Exportações
Para os pesquisadores do Cepea o desempenho das exportações é o grande responsável por esse cenário atípico de alta.
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, divulgado nesta segunda, o país embarcou 11,3 mil toneladas de carne suína in natura na primeira semana de fevereiro (três dias úteis). Na comparação com igual período do ano passado houve incremento de 27,8% no volume.
1 comentário
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joão Lunardi SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS - MT
Não tenho bases de informações sobre o custo de produção do suíno e se o suinocultor está sendo remunerado como merece . A preocupação é aumento da oferta em breve devido aos preços remuneradores com super safra de grão no país . Momento de buscar mercados para não deixar o preço cair muito no futuro e manter a atividade remuneradora consistente e duradora.
Sr. João, sou um, só um... Veja, um em bilhões de habitantes do globo, torna-se ...nada... Mas, vou escrever alguma coisa. ... Nas gôndolas de supermercados, acho que do mundo inteiro, consumidores pegam azeites para consumir. Segundo a mídia os países, maiores produtores de azeite estão no entorno do Mar Mediterrâneo. Pois bem, pegue algum azeite em qualquer supermercado e, veja quem é o "responsável" pela importação e comercialização. ... Veja se as "empresas irmãs" do mercado global não estão "firmes no rótulo" do produto, só vou citar duas: BUNGE & CARGILL .... Se num ano o preço do azeite espanhol está alto, eles compram da Itália, Portugal, muitos produtores espanhóis não conseguem levar sua produção até a próxima safra, vão abaixando os preços, até no nível ótimo para o exportador, muitos quebram ou ficam carregando dividas para as próximas safras. ... As empresas irmãs compram o azeite fora do prazo safra ao preço ótimo, deixando de comprar um volume razoável nos outros mercados, transfere-se a "miséria" para estes. No ano seguinte, voltam a comprar desses que estão com preços ótimos e, assim vão "brincando de gangorra", pois independe de qual país venha... O objetivo principal é manter a "FAIXA DE LUCRO" !!! ... Ah! No caso da proteína animal de suínos brasileira, quem é mesmo o principal responsável "exportador" ??? ... NÃO É QUEM ESTOU PENSANDO, NÉ ???
Ah! Na linguagem "economês" os alimentos dos humanos têm um fator intrínseco "elasticidade-preço renda". ... Mas para resumir, a "preferência" do consumidor renda vai dos valores mais baixos aos mais altos: carboidratos, proteínas vegetais, proteínas animais brancas, proteínas animais vermelhas. ... No caso quando o bolso fica raso, os cortes na aquisição vão ao sentido inverso, ou seja, o primeiro item a ser substituído na alimentação são as proteínas animais vermelhas. ... Essa engenharia de consumo as empresas têm pleno e total conhecimento e, conseguem antever com bastante antecedência e, aquelas que não usam essa ferramenta saem do mercado.
o que está acontecendo com o suinos neste ano é exatamente o que aconteceu com o milho ano passado!!
como o milho ficou mt caro, todos os produtores diminuiram a produção e agora a exportação aumentou um pouco e desequilibrou o mercado vslorizsndo o suino, e contrariando todos os "especialistas ", que diziam que o preço não sustentava!!
como já disse outras vezes o mercado eh uma roda, ora esta em cima e hora em baixo, mas temos sempre que estar no jogo, pois nunca se sabe quando se estará por cima!!!