Suíno vivo: Com desempenho atípico, cotação em SC atinge o maior nível desde 2014
O preço do suíno vivo no mercado independente de Santa Catarina atingiu nesta semana o maior valor desde 19 de novembro de 2014, sendo cotado a R$ 4,50. Com alta de R$ 0,45 os suinocultores comemoram o desempenho atípico do mercado neste início de ano.
A explicação para o cenário altista é a redução de oferta em todo o país, aliado ao estoque enxuto das agroindústrias. “Não há suíno pesado no mercado, à oferta está baixa e as grandes indústrias estão procurando suínos no mercado independente”, destaca o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi.
Em São Paulo, a APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos) relatou venda nesta segunda (6) acima da referência. Foram comercializados 250 animais no município de Jambeiro ao valor de R$ 99/@, ou seja, R$ 2 acima da máxima na bolsa na sexta (3).
Também no Paraná a bolsa desta semana fechou com alta de R$ 0,30 e os produtores recebendo R$ 4,50 pelo quilo do animal vivo na média das praças do estado.
Conforme relata Pedro Gabone, da Fazenda e Frigorífico Santa Rosa, em São Paulo, as indústrias encontram difícil para cumprir as escalas de abates. “Neste momento, estamos com falta de animais vivos para o abate e, por isso, estamos em busca de animais em outros estados. No meu caso, animais abatidos”, afirmou.
Mas, apesar das altas que não são comuns para o período, o presidente da ACCS alerta para os custos de produção e a necessidade de capitalização do produtor. “Precisamos melhorar a remuneração ao produtor porque embora haja baixas de valores no milho e no farelo de soja, o custo para produzir o quilo do suíno ficou em R$ 3,80 em janeiro. Os produtores ainda não estão recuperados da tragédia de 2016”, reitera Losivanio.
Exportações
Outro fator que tem colaborado para o escoamento da produção foi às exportações. Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, divulgado nesta segunda, o país embarcou 11,3 mil toneladas de carne suína in natura na primeira semana de janeiro (três dias úteis). Na comparação com igual período do ano passado houve incremento de 27,8% no volume.
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