O que os suinocultores norte-americanos devem esperar do governo Trump?
Ao que tudo indica, os produtores de suínos dos Estados Unidos estão animados com o novo governo do republicano Donald Trump. No editorial do site PIG Progress, Vincent ter Beek, destaca alguns pontos positivos que poderão beneficiar a cadeia produtiva no país.
Segundo Vincent, o Conselho Nacional dos Produtores de Suínos dos EUA (NPPC) - que já havia demonstrado indignação com medidas do ex-presidente Barack Obama -, declarou pouco após a posse de Trump que estão otimistas.
"Acreditamos que o governo Trump será bom para a agricultura americana, e bom para a indústria suína dos EUA", disse o presidente do NPPC, John Weber.
O NPPC se diz animado com as prioridades da nova gestão, incluindo cortes em regulamentos onerosos, não científicos e reformando o código tributário, por acreditar que essas ações tornarão os produtores de carne suína dos Estados Unidos e da América mais competitivo.
Em nota, o Conselho também citou a questão internacional, visto que as exportações são importante fatia do mercado norte-americano. "Estamos muito dependentes das exportações para nações como o Canadá, China, Japão e México. Por isso, apoiamos a Parceria Trans Pacífico (TPP) e encorajamos a administração a consertar e melhorar áreas fora do acesso ao mercado de suínos, onde as preocupações foram levantadas. Além disso, nossos produtores se beneficiaram enormemente do NAFTA, mas estamos abertos à modernização desse acordo", diz.
De fato, o comércio internacional chamou a atenção durante a primeira semana da presidência de Trump, lembra o colunista. Em seu primeiro dia de governo, o republicano retirou os Estados Unidos do TPP.
Isto significa que a parceria de corte de tarifas, que incluiu países dependentes de importações de suínos, como por exemplo, Japão e China, mas também os vizinhos diretos dos EUA, Canadá e México, não podem ser ratificados.
Não é de admirar, então, que o NPPC declarou no dia seguinte a essa notícia, enfatizando a importância de preservar o acesso livre de tarifas para as exportações de suínos para o Canadá e o México.
"Será difícil para outros países competir com nossa tecnologia de produção, mesmo com barreiras comerciais em vigor. Se as exportações de milho forem restritas, isso ainda seria benéfico para os produtores de suínos, porque os preços dos alimentos já baixos ficarão ainda mais baixos", concluiu o documento do NPPC.
Tradução e adaptação: Larissa Albuquerque
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