Com apoio da ABEGS e da ABCS, Ministério da Agricultura inaugura novas instalações do setor de suínos da EQC
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), inaugurou ontem (10/11), a Unidade II do setor de Suínos da Estação Quarenterária de Cananeia (EQC). A inauguração das novas instalações marca o fim da segunda etapa do projeto de modernização do setor de suínos da EQC. Iniciado em 2013, o programa promoveu a recuperação e ampliação da estrutura do Mapa para recepção dos animais para quarentena.
Com a conclusão das obras, o setor de suínos poderá abrigar até 1.000 animais simultaneamente, o dobro da capacidade até então instalada. Desde 2014, a EQC é o único local autorizado no País para a receber os animais importados pelas empresas brasileiras de genética suína.
Alinhada aos mais rigorosos padrões de biossegurança, a nova estrutura da EQC permite ao Brasil elevar ainda mais a segurança e o controle na importação de suínos vivos para fins de reprodução e, por extensão, ampliar a proteção sanitária do rebanho suinícola brasileiro.
A modernização do setor de Suínos é resultado de um acordo de cooperação firmado entre o Mapa e duas entidades privadas: a Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos (ABEGS), responsável pelo aporte financeiro, e a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS). No total, foram investidos cerca de R$ 3,2 milhões para a readequação e ampliação das instalações da EQC.
A cerimônia de inauguração contou com a participação do ministro da Agricultura, Blairo Maggi; do secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki; do diretor de Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques; do presidente da ABEGS e diretor Superintendente da Agroceres PIC, Alexandre Furtado da Rosa; do presidente da ABCS, Marcelo Lopes, além de diversas outras autoridades do setor.
“É um enorme orgulho para o Ministério da Agricultura promover a inauguração desta unidade de Suínos da Estação Quarentenária de Cananeia, resultado de uma oportuna parceria entre a iniciativa privada e o setor público. Trata-se de uma das unidades quarentenárias mais modernas e seguras do mundo, uma referência que representa um fabuloso cartão de visitas para a suinocultura brasileira”, afirmou Blairo Maggi.
Segundo o ministro da Agricultura, a nova estrutura da EQC reforça a qualidade e a segurança sanitária da suinocultura brasileira e a credibilidade do setor perante os mercados compradores. “Essa EQC representa uma fortaleza para o setor produtivo. Ela atesta a seriedade e eficácia de nossa legislação sanitária e nos permite demostrar ao mundo que nossos produtos suinícolas são produzidos com extrema qualidade e rigor sanitário. A modernização da unidade de Suínos da EQC não é importante apenas para os suinocultores, mas sobretudo para o País e para a economia brasileira”, observa Maggi.
Marco para o setor
Para o presidente da ABEGS, Alexandre Furtado da Rosa, a modernização da unidade de Suínos da EQC é estratégica para o País, pois proporciona uma maior segurança sanitária à suinocultura brasileira sem interromper a atualização genética do rebanho suinícola nacional. “A nova estrutura da EQC representa um marco para o setor, pois não só amplia a segurança do plantel nacional como ajuda a preservar o status sanitário da suinocultura brasileira. Tudo isso, sem interromper o fluxo de genes superiores, recurso imprescindível para a manutenção da competitividade do suinocultor brasileiro”, avalia o executivo.
O presidente da ABEGS também ressaltou a parceria público-privada que viabilizou a realização do projeto. “Desde o início, o Ministério da Agricultura se mostrou muito sensível a nossa preocupação de aperfeiçoar continuamente nossos mecanismos de controle sanitário. Eles foram sempre muito propositivos, o que nos permitiu construir uma estrutura de quarentena altamente segura e eficiente”, diz. “A suinocultura brasileira tem um status sanitário privilegiado. Somos livres das principais doenças de impacto econômico, mas precisamos trabalhar para nos mantermos assim. E isso só se faz de maneira conjunta, colaborativa, através de uma forte interação entre o setor privado e o serviço oficial”, afirma Furtado da Rosa.
Segundo o executivo, ao investir numa estrutura de quarentena moderna e ao concentrar as importações de suínos na EQC, o Brasil não só salvaguarda o status sanitário do rebanho nacional como cria um modelo único que capacita o país a tornar-se exportador de material genético. “A estrutura e os rigorosos padrões de biossegurança da EQC, que estão entre os melhores do mundo, nos abre a possibilidade de ampliarmos nossas exportações”, avalia. Embora em pequenos volumes, o Brasil exporta regularmente material genético para diferentes países da América Latina, como Argentina, Paraguai e Bolívia.
Estrutura de excelência
A inauguração da Unidade II finaliza o projeto de reforma e ampliação do setor de Suínos da EQC, iniciado em 2013. Na primeira fase, foram realizadas melhorias na estrutura existente na unidade do Mapa para a recepção de suínos importados. Já na segunda fase foi construído um novo e moderno galpão para alocação dos animais.
A partir de agora, o setor de Suínos da EQC conta com dois sítios independentes e capacidade para alojar 1.000 animais, além de permitir a importação simultânea de suínos por diferentes companhias de genética.
Readequada a partir dos mais modernos parâmetros construtivos e tecnológicos, o setor de Suínos da EQC chama atenção pela tecnologia empregada. Tanto a restauração das antigas instalações quanto a construção das novas atendem aos mais rigorosos conceitos de controle sanitário e de bem-estar animal.
Em todos os galpões os ambientes são totalmente climatizados e controlados com pressão de ar negativa. Filtros de ar impedem a entrada de agentes infecciosos. O piso dos galpões, assim como todos os equipamentos, como comedouros e bebedouros, foram trocados para garantir maior conforto aos animais. A quarentena conta ainda com um moderno sistema de captação e tratamento de dejetos.
O acesso ao setor de Suínos da EQC é equipado com arcolúvio para desinfecção de veículos, fumigador e sala de autoclave para a esterilização de equipamentos e materiais. Fazem parte ainda da estrutura da EQC um laboratório, onde são realizados todos os exames necessários para atestar a sanidade dos suínos, salas de reunião, auditório, quarto para pesquisadores, prédio administrativo e restaurante.
A EQC ocupa uma área isolada de 1,5 mil hectares no sul da Ilha de Cananeia, dos quais 12 hectares são ocupados pelas instalações e os demais com vegetação nativa preservada, que servem como barreira natural e garantem isolamento total e completo dos animais.
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