Suíno Vivo: Semana encerra com valorização em Paraná e Santa Catarina
As cotações do suíno vivo no mercado independente fecharam a semana registrando valorização em apenas duas praças, Santa Catarina e Paraná, ao passo que as demais mantiveram o valor de referência.
De acordo com o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, “diferentemente do que vinha ocorrendo ao longo do ano, os preços tiveram queda mesmo durante a primeira quinzena. Na segunda metade do mês as oscilações foram menores."
Na média mensal houve queda nas cotações do quilo vivo. O levantamento da Consultoria apontou que o preço pago ao produtor caiu 0,95% no Brasil, de R$ 3,56 para R$ 3,53/kg na média.
Preços
O levantamento semanal de preços realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, aponta que a maior valorização ocorreu em Santa Catarina, com alta de 2,63%. A bolsa de suínos definiu negócios em R$ 3,90/kg nesta semana, com acréscimo de R$ 0,10 em relação à última referência.
No Paraná a valorização foi de 0,52%, saindo de R$ 3,85 para R$ 3,87 o quilo do animal vivo no estado.
Já em São Paulo, a bolsa de suínos manteve a referência de preços entre R$ 77 a R$ 79/@ – equivalente a R$ 4,10 e R$ 4,21/kg –, que já representava alta na última semana. No Rio Grande do Sul, o cenário também é de manutenção em R$ 3,92/kg, segundo pesquisa divulgada pela ACSURS (Associação Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul).
No atacado, de acordo com levantamento de Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os preços da carne estão em queda na Grande São Paulo devido à fraca demanda. Entre 21 e 28 de setembro, a carcaça especial suína se desvalorizou 2,8%, fechando a R$ 6,05/kg. Já os valores da carcaça comum se mantiveram estáveis no período, com o produto cotado a R$ 5,79/kg.
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E esse cenário de dificuldade na evolução das cotações já traz reflexo a cadeia produtiva. "Há um acumulo de prejuízo muito forte dentro de nossa atividade, um abandono de muitos produtores, em especial os independentes, que estão saindo da atividade por não enxergarem um universo promissor e isso preocupa demais o setor, principalmente em Santa Catarina que é um Estado diferenciado de sanidade, que tem uma mão de obra inigualável, e que cada vez mais está difícil fazer um sucessor dentro da propriedade rural, por essas questões da crise e falta de atenção de nossos políticos quando se trata do meio rural”, desabafa o presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivanio Luiz de Lorenzi.
Para o analista da Safras, os custo de produção devem permanecer elevados, e ainda ameaça os pequenos produtores. “Infelizmente esse cenário não deve mudar no curto prazo, embora os reajustes nos preços sejam fundamentais para a recuperação das margens operacionais”, acrescenta.
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Exportações
Nos embarques de carne suína in natura, o cenário é positivo tanto em relação a 2015 quanto ao mês anterior, Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgados nesta segunda-feira apontam que até a quarta semana de setembro – totalizando 16 dias úteis –, as exportações chegam a 46,9 mil toneladas.
Com média diária de 2,9 mil toneladas, há um crescimento de 17,1% na comparação com o volume por dia em agosto, enquanto que em relação a setembro do ano passado o acréscimo é de 36,2%. Em receita, os dados apontam para US$ 110,4 milhões, com valor por tonelada em US$ 2.354,6.
Para Maia, “os embarques totais de carne suína devem ficar próximos de 65 mil toneladas, o que mantém a expectativa de embarques recordes neste ano."
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