Suíno Vivo: Cotações fecham estáveis nesta 5ª feira; Exportações têm bom volume, mas abaixo das expectativas
O mercado de suíno vivo fechou novamente com estabilidade nesta quinta-feira (01). Apesar dos preços firmes nos últimos dias, no início da semana diversas praças de comercialização registraram recuo nas cotações, como em São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Segundo informações divulgadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), as últimas baixas estão atreladas a demanda, em que o mercado tem registrado vendas fracas no cenário doméstico. No início do mês, as cotações vinham em um período de recuperação, refletindo nos preços das granjas e também no atacado.
“O aumento nos preços do suíno, especialmente nas primeiras semanas de agosto, trouxe esperança de que a situação econômica das granjas melhoraria um pouco”, apontam os pesquisadores do Centro.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), Valdecir Folador, explica que a procura pela proteína no mercado interno foi responsável pelas baixas nas duas últimas semanas. Com isso, as cotações no estado gaúcho voltam a ficarem abaixo dos custos de produção.
Apesar disto, Folador aponta que a baixa deve ser pontual, em função do período do mês. Com as dificuldades econômicas do país, suinocultores têm encontrado dificuldade em repassar altas, porém, com o período de recebimento de salários, o mercado pode ter nova recuperação.
» Assista a entrevista com o presidente da ACSURS, Valdecir Folador
A Sindirações (Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal) também aponta as dificuldades do setor, diante dos altos custos de produção e de escoamento da produção. Com isso, espera que a demanda por rações registre recuo em relação ao segundo semestre de 2015 e estabilidade com os dados dos primeiros seis meses deste ano.
“Embora as festas de fim de ano tendam a estimular o consumo de carne suína, o persistente alto custo da alimentação animal e a consistente redução do poder de compra do consumidor local podem inibir os abates e a oferta de carne suína, resultando em menor produção de rações durante o segundo semestre”, aponta o relatório.
Exportações
Por outro lado, os embarques de carne suína in natura vêm registrando dados positivos em agosto, porém frustrou a expectativa do mercado, que esperava números próximos a 65 mil toneladas. Segundo informações divulgadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) nesta quinta-feira, em 23 dias úteis foram exportados 57,5 mil toneladas.
A média diária ficou em 2,5 mil toneladas, o que representa um acréscimo de 24,7% em relação ao mesmo período do ano passado e 0,4% em comparação com julho. Já em receita, os dados apontam para US$ 127,0 milhões, com o valor por tonelada em US$ 2.206,9.
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