Suíno Vivo: Mercado segue em alta e cotações sobem em MG e SP nesta 3ª feira
As cotações para o suíno vivo continuaram em alta nesta terça-feira (02). Após os avanços no último fechamento, Minas Gerais e São Paulo também sinalizaram reação de preços pra semana. Além destas regiões, também houve altas em Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A bolsa de suínos de São Paulo sinalizou em reunião que a referência de negócios está entre R$ 73 a R$ 75/@ – o mesmo que entre R$ 3,89 a R$ 4,00 pelo quilo do vivo. A definição anterior estava entre R$ 68 a R$ 70/@ – o mesmo que R$ 3,63 a R$ 3,73/kg Na última semana, diversas vendas foram realizadas acima do valor de mercado, o que já demonstrava a reação das cotações para esta.
Além disto, apesar da definição já estar acima da referência anterior, a APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos) aponta que novas comercializações foram registradas no novo valor. Em Holambra (SP), 220 animais foram cotados a R$ 75/@.
Já em Minas Gerais, a bolsa de suínos definiu referência em R$ 4,10/kg. Há algumas semanas, a praça de comercialização não havia tido acordo com os frigoríficos, mas sinalizavam cotações a R$ 4,00/kg.
O analista de mercado, Fabiano Coser, explica que as reações de preços logo no início do mês são positivas e já demonstram uma mudança em relação a meses anteriores. “A reação é um bom sinal, já que as primeiras e últimas semanas de cada mês tem mostrado retração das vendas no varejo e consequentemente no mercado do animal vivo, de modo que a reação de preço já no primeiro dia do mês de agosto pode ser um bom sinal para os suinocultores que amargam prejuízos devido ao alto custo de produção”, aponta.
Importação de milho
Um dos principais fatores de dificuldades do mercado são os custos de produção – puxados principalmente pelas altas de milho e farelo de soja. O setor esperava que com segunda safra do cereal, o cenário pudesse ter alguma melhora, que não se confirmou devido as dificuldades climáticas.
Com isso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) liberará a importação de 1 milhão de toneladas de milho proveniente dos Estados Unidos. Para a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), a medida pode aliviar o cenário de escassez que tem prejudicado as granjas de todo o país, visto que o cereal é o principal insumo da ração.
“Os Estados Unidos estão colhendo uma grande safra e tem excedentes consideráveis. Além disto, as estimativas de preços de compra feita por lá são mais atraentes do que o praticado em nosso mercado interno, ou mesmo junto aos países do Mercosul. Será um grande alívio para todo o setor”, destaca o presidente da ABPA, Francisco Turra.
Exportações
A ABPA também divulgou dados sobre os embarques de carne suína, que registraram recuo em julho, mas segue com dados positivos no acumulado do ano. Nos sete primeiros meses foram exportados 353,4 mil toneladas de carne suína in natura, uma alta de 42,2% em comparação com o mesmo período de 2015.
“A principal queda nos embarques mensais ocorreu na Rússia, em cerca de 50%. Ao mesmo tempo, China e Hong Kong mantiveram o ritmo dos embarques. A proporção entre a retração dos embarques para a Rússia e o resultado mensal mostra que o setor tem conseguido diminuir a dependência de um único mercado, ampliando a participação de outros exportadores no saldo geral”, destaca Ricardo Santin, vice-presidente de mercados da ABPA.
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