Volume de vendas brasileiras de carne suína no exterior sobe 61% no ano

As exportações brasileiras de carne suína (in natura, embutidos e outros processados) acumulam alta de 61,2% no ano até maio, na comparação anual, impulsionadas pelo aumento das compras por China, Hong Kong e Rússia, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Nos cinco primeiros meses de 2016, 291,9 mil toneladas de carne suína brasileira foram embarcadas para o exterior. Em receita, os embarques geraram faturamento de US$ 510,9 milhões no ano, alta de 18,1% em relação ao registrado de janeiro a maio do ano passado. Em reais, o faturamento do setor foi de R$ 1,9 bilhão, valor 48,6% maior que o dos cinco primeiros meses de 2015.

A Rússia continua a ser o principal destino para o produto brasileiro, tendo comprado 101,2 mil toneladas, ou 35,1% do total embarcado de janeiro a maio. Mas China e Hong Kong, juntas, também têm elevado as compras e, nos cinco primeiros meses do ano, importaram 103,4 mil toneladas.

“Isto mostra que tem sido bem-sucedido o esforço do setor para reduzir a dependência das vendas para o Leste Europeu”, disse o vice-presidente e diretor de Mercados da ABPA, Ricardo Santin, em nota.

A ABPA informou que Santin está na China negociando a ampliação das vendas brasileiras para o país.

Atualmente, 11 frigoríficos de carne suína brasileiros estão autorizados a exportar para a China e outros dois aguardam habilitação.

Repasse de custo de produção elevou preços

O aumento no custo de produção no setor de suínos, influenciado pela alta nos preços do milho, foi repassado aos valores da carne em maio, colaborando para a alta na receita com exportações. 

“Os custos de produção foram repassados de forma mais significativa em maio, com preços médios quase US$ 150 superiores aos praticados em abril”, disse o presidente executivo da ABPA, Francisco Turra.

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