Produtoras de frango do Brasil evitam milho modificado dos EUA

Publicado em 10/06/2016 08:04

Para a enorme indústria aviária do Brasil, que enfrenta uma surpreendente escassez doméstica do milho com o qual alimenta suas aves, a solução parecia óbvia: importar o grão dos EUA, onde os estoques nunca foram tão grandes.

Contudo, não houve importação dos EUA até esta altura do ano, apesar da falta de milho ser tão severa que forçou as produtoras de frango a reduzirem a produção em 10 por cento nos últimos meses. As empresas não estão comprando o grão americano porque temem que as estritas regulações do Brasil para os organismos geneticamente modificados (OGMs) ameacem interromper as importações, segundo pessoas familiarizadas com a situação.

O destino de um carregamento de milho que chegou ao Brasil em abril ilustra as preocupações com os atrasos portuários, que são potencialmente custosos. O carregamento veio da Argentina, que cultiva algumas variedades de milho modificado não permitidas no Brasil, e inicialmente foi proibido de descarregar, disse uma das pessoas. Embora nenhuma regra tenha sido violada e o desembarque do grão tenha sido permitido, afinal, foi preciso uma semana para que o comprador convencesse as autoridades de que a carga era legítima, disse a pessoa.

No Brasil -- e em muitos outros lugares -- os OGMs são um tópico sensível, alvo de campanhas de grupos ambientalistas. As commodities agrícolas modificadas precisam ser cuidadosamente segregadas e as inspeções portuárias são estritas. O Brasil permite que os produtores rurais cultivem soja OGM e 29 variedades de milho modificado. Contudo, há 43 tipos de milho OGM cultivados nos EUA, segundo o Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações Agrobiotécnicas, uma associação do setor.

A indústria de frango do Brasil, país que é o maior exportador da carne, e as tradings de grãos agora estão avaliando solicitar aprovação ao governo para importar carregamentos GMO que não são permitidos atualmente, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as deliberações são privadas.

Neri Geller, secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, confirmou as discussões e disse que elas ainda são preliminares. "Ainda não foi feito um pedido formal ao Ministério da Agricultura", disse ele na segunda-feira em entrevista.

Leia a notícia na íntegra no site Avicultura Indústrial.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
UOL/Bloomberg

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário