Frango Vivo: Mercado em São Paulo tem mais um dia de queda
As cotações do frango vivo no mercado de São Paulo caíram pela terceira vez consecutiva nesta semana. Com o recuo de R$ 0,05 a referência de comercialização na praça paulista está em R$ 2,70 o quilo do animal vivo pago ao produtor independente.
Em Minas Gerais, os preços se mantiveram estáveis, após quatro desvalorizações em seis dias de negócios. As quedas expressivas são observadas depois do mercado permanecer estável por várias semanas, até o inicio de abril.
Para os analistas esse cenário reflete especialmente a deterioração da economia brasileira que vem reduzindo o poder de compra da população. A demanda, que em 2015 já estava fraca, neste trimestre têm mostrados sinais de maior enfraquecimento.
Embora a avicultura venha alcançando bons resultados nas vendas externas, com exportações registrando em março o segundo melhor resultado mensal acompanhado pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) - 403,4 mil toneladas de produtos in natura, salgados, embutidos e processados - a dificuldade de repassar as altas no preço interno aperta a margem dos produtores.
Além da retração nas cotações, o setor avícola do país também enfrenta dificuldades no abastecimento do milho e altas nos custos de produção. Segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), os custos de avicultura subiram em média 23% nos últimos meses, principalmente em função do preço do cereal.
“O cenário cambial tornou atrativo importar milho do Brasil e da Argentina. Temos uma bela safra à vista, mas a ‘evasão’ do insumo está se transformando em um problema grave para o nosso setor. Enquanto enfrentamos escassez por aqui, vemos situações como a dos Estados Unidos, que é o grande concorrente internacional do Brasil nas exportações de carne de frango e vive uma ‘super’ oferta em seus silos. Isto, ao mesmo tempo em que aumenta as importações do grão produzido no campo brasileiro, sob protesto dos produtores americanos do cereal. Por este motivo, as ações que facilitem nosso acesso aos insumos vêm se tornando emergenciais”, explica o presidente da ABPA, Francisco Turra.
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