Suíno Vivo: Semana inicia negativa em São Paulo e Rio Grande do Sul
As cotações para o suíno vivo voltaram a registrar baixas nesta segunda-feira (11). Na última semana, o mercado encerrou com recuo de preços em quase todas as regiões, como reflexo de uma demanda retraída, tanto pelas dificuldades econômicas quanto pelas altas temperaturas mais altas que inibem o consumo.
Com isso, a bolsa de suínos de São Paulo definiu referência entre R$ 58 e R$ 60/@ - ou R$ 3,09 a R$ 3,20/kg. A queda é significativa na praça paulista, visto que na semana anterior os negócios estavam acontecendo entre R$ 63 a R$ 65/@ e já é a terceira queda consecutiva na praça.
No Rio Grande do Sul, há algumas semanas a referência de preços estava acomodada em R$ 3,29/kg. Por outro lado, a pesquisa semanal realizada pela ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) aponta que a média de preços fechou em R$ 3,17/kg. Já os produtores integrados, fechou a R$ 2,82/kg, uma nova queda de preços.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da ACSURS, Valdecir Folador, explica que a maior preocupação são os custos de produção, em que os produtores estão gastando em média R$ 4,00 por quilo do animal vivo. O principal fator de alta nos gastos das granjas é alta do milho, que subiu 100% em um ano.
"O Rio Grande do Sul colheu aproximadamente a mesma quantidade de milho da safra anterior, 5 milhões de toneladas, porém a exportação está demandando muito, então o estado já começa a se abastecer de milho importado da Argentina e do Paraguai, e temos produtores que já tem contrato para o segundo semestre de produto do Mato Grosso", explica Folador.
» Veja na íntegra a entrevista com o presidente da ACSURS, Valdecir Folador
Para o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, com a demanda retraída, mesmo com a primeira quinzena do mês – quando é maior o consumo – , novas quedas não estão descartadas no curto prazo.“Apesar de ser o período do mês (primeira quinzena) onde o apelo ao consumo tende a ser maior, devido à entrada da massa salarial, os preços não mostram sinais de recuperação”, avalia o analista, Allan Maia.
Exportações
Já os embarques, seguem registrando volumes positivos. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), na primeira semana de abril foram exportadas 17,9 mil toneladas de carne suína in natura. A média diária é de 3,0 mil toneladas, que representa crescimento de 15,7% em comparação a fevereiro e acréscimo de 66% em relação aos embarques diários de abril do ano passado.
Em março foi registrado recorde mensal de embarques, segundo aponta a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal). No total, foram 65,6 mil toneladas, crescimento de 78% em relação a março do ano passado.
“O ritmo das exportações está em compasso acelerado e deve seguir por mais tempo nestes níveis. Com isto, considerando esta conjuntura, é possível prever que a disponibilidade interna de carne suína deverá apresentar uma redução de até 5%”, explica Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA.
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