Exportações totais de carne suína crescem 63% em janeiro
São Paulo, 18 de fevereiro de 2016 - Levantamentos feitos pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações totais de carne suína do Brasil (considerando todos os produtos in natura e processados, entre cortes, miúdos, carcaça e outros) registraram crescimento de 63% em janeiro, chegando a 47,1 mil toneladas.
No saldo dos embarques em reais, o aumento foi ainda mais expressivo, totalizando R$ 323 milhões, 67,2% a mais que o mesmo período do ano passado. Também houve crescimento no saldo cambial das exportações, de 8,7%, atingindo US$ 79,7 milhões.
Principal destino da carne suína embarcada pelo Brasil, a Rússia manteve uma participação menor (oushare) nos negócios em janeiro - em torno de 35% do total, contra uma média de 44,6% no ano de 2015. Mesmo assim, os embarques para a Rússia foram 55% superiores em relação ao realizado em janeiro de 2015, chegando a 16,3 mil toneladas no mês passado.
Acelerando os negócios com o Brasil, as exportações para Hong Kong se aproximaram dos níveis enviados para a Rússia. A região sob administração da China foi destino de 29,7% do total embarcado no primeiro mês deste ano, contra 22,6% na média de 2015. Para lá, foram exportadas 13,8 mil toneladas em janeiro, número 88% superior ao realizado no mesmo mês do ano passado.
Outro grande destaque foi o forte crescimento registrado nos embarques para a China em janeiro, superior a 4.000%. Graças à habilitação de novas plantas, o gigante asiático assumiu o sexto lugar dentre os maiores destinos da carne suína do Brasil, importando no primeiro mês deste ano 1,6 mil toneladas.
“Além destes, em praticamente todos os mercados houve crescimento nas exportações como é o caso de Singapura, Argentina e Uruguai”, detalha o vice-presidente do setor de suínos na ABPA, Rui Eduardo Saldanha Vargas.
Apesar do bom ritmo dos embarques, segundo o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, há grande preocupação com a perda de competitividade registrada pelo setor no começo deste ano, com a forte alta dos custos de produção.
“As elevações nos custos do milho, de energia e trabalhistas continuam a ser um problema para nossa capacidade competitiva. O repasse foi inevitável e já vemos aumento de preços nos produtos”, afirma.
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