Produção brasileira de carne suína cresce 4,95% em 2015
Superando os desafios do cenário econômico nacional, a produção brasileira de carne suína registrou crescimento de 4,95% em 2015 na comparação com o ano anterior, totalizando 3,643 milhões de toneladas. Os números foram consolidados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Em cabeças, foram 41,3 milhões animais produzidos no ano, total 3,42% maior que o registrado em 2014.
De acordo com os levantamentos da ABPA, o Estado de Santa Catarina foi o estado com maior produção no ano passado, com 900,46 mil toneladas produzidas, volume 5,44% superior ao ano anterior. Em ritmo de crescimento semelhante, a produção gaúcha registrou elevação de 5%, chegando a 713,62 mil toneladas. O Paraná, em terceiro lugar, produziu 542,29 toneladas, volume 6,14% maior. Quarto maior produtor, com 400,13 mil toneladas, Minas Gerais registrou elevação de 4,19%. Com o maior crescimento entre os estados produtores – de 12,24% - o Mato Grosso produziu 265,94 mil toneladas.
“Além da alta nas exportações de quase 10% com a elevação das compras da Rússia, Hong Kong e outros mercados, os embarques de carne suína foram impulsionados pela alta no consumo interno. A soma de fatores como a alta no preço da carne bovina e a influência da crise na renda fez o consumidor buscar proteínas mais acessíveis”, explica o vice-presidente de suínos da ABPA, Rui Eduardo Saldanha Vargas.
O consumo per capita nacional chegou a 15,08 quilos por habitante/ano, índice 2,52% superior ao obtido em 2014.
“Pela primeira vez, o brasileiro está consumido mais de 15 quilos anualmente. Além dos fatores de mercado, também influenciou esta elevação as iniciativas promovidas em todo o país, de conscientização da população sobre os valores nutricionais e a qualidade da carne suína”, destacou Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA.
De acordo com Turra, o brilho do bom momento vivido pelo setor em 2015 pode ser ofuscado este ano pela forte elevação nos custos de produção, não apenas pela alta dos insumos, mas também da mão de obra.
“As empresas estão preocupadas com o aumento de custos neste início de ano, impactados pela forte elevação do preço do milho e também por um sensível crescimento nos custos de mão de obra, além de combustíveis e energia. Há um conjunto de situações que estão se somando neste momento, e que podem reduzir a capacidade competitiva do setor”, completa o presidente da ABPA.
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