Suíno Vivo: Preços interrompem sequências de altas e a semana encerra no negativo
Nesta sexta-feira (09), os preços para o suíno vivo voltaram a registrar baixas. Desta vez, Santa Catarina definiu nova referência de preços, passando de R$ 4,25/kg para R$ 4,00/kg. Na última semana, a praça havia optado pela manutenção de preços e esperava que com a virada do mês, o mercado reagisse.
De acordo com levantamento realizado pelo Cepea, divulgados nesta quinta-feira, os preços cederam em função diminuição da demanda. Com a greve dos fiscais agropecuários, que durou por três semanas em setembro, os embarques tiveram redução, embora tenham fechado o mês com bom resultado. Situação que trouxe um desequilíbrio de oferta no mercado.
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Segundo levantamento semanal realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, Santa Catarina foi a praça com a maior variação, com recuo de 5,88%. São Paulo também teve reajuste significativo – de 3,14% -, pela segunda semana consecutiva. Por lá, a Bolsa de Comercialização de Suínos definiu a referência para a semana entre R$ 83,00 a R$ 85,00/@ - o mesmo que R$ 4,43 a R$ 4,53/kg.
No Paraná, a referência também recuou pela segunda semana seguida, em que o vivo encerra valendo R$ 4,42/kg. Em Rio Grande do Sul, as baixas foram de 0,71%, com a média de preços para os produtores independentes em R$ 4,20/kg, segundo pesquisa da Acsurs (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul). Veja no gráfico abaixo:
Por outro lado, o preço médio pago pelas agroindústrias do estado aos produtores integrados teve acréscimo de R$ 0,01 e fechou a R$ 3,12/kg. Já o farelo de soja apresentou ligeiro recuo de 0,52% e ficou em R$ 1.447,50 por tonelada. Os preços para o milho também registraram uma baixa de 3,40% em relação a pesquisa anterior, valendo R$ 29,30 por saca.
Já em Minas Gerais, as cotações ficaram estáveis por mais uma semana, em R$ 4,60/kg. Esta é a terceira semana de estabilidade para a praça, que tem registrado boa comercialização com os frigoríficos, mas dificuldade de repassar custos ao consumidor final.
Apesar das baixas registradas na semana, analistas acreditam que o mercado possa voltar a registrar altas de preços. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, os frigoríficos também projetam uma recuperação a partir deste final de semana, em razão do feriado da próxima segunda-feira.
Exportações
Nesta semana, não foram divulgados dados parciais de embarques de outubro, porém é esperado que o mercado continue apresentando resultados favoráveis. “O fator cambial segue positivo aos embarques”, comenta Allan Maia.
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) referentes ao mês de setembro, apontam que em volume as exportações chegam a 45,2 mil toneladas, com média diária de 2,2 mil toneladas.
Apesar de ter ficado um pouco abaixo do esperado por analistas do setor – que acreditavam em algo em torno das 54 mil toneladas -, os dados são superiores aos de agosto, quando foram embarcadas 42,1 mil toneladas. Em comparação com setembro de 2014, o crescimento é de 31,5%, quando foram exportadas 36 mil toneladas.
Em receita, a soma é de US$ 112,6 milhões, com média de US$ 5,4 milhões – um crescimento de 6,3% em relação aos dados de agosto deste ano. O valor por tonelada ficou em US$ 2.493,5, apresentando recuo tanto em comparação com o mês anterior quanto com setembro de 2014.
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