Suíno Vivo: Semana encerra positiva em RS e PR, enquanto MG, GO e MT têm queda de preços
Nesta sexta-feira (14), os preços para o suíno vivo ficaram estáveis, após diversas variações no decorrer da semana nas principais praças de comercialização. Assim como era esperado por analistas, algumas regiões tiveram recuperação de preços devido ao bom volume de embarques registrados nos últimos três meses, enquanto em outras localidades os preços tiveram ligeira queda nas referências.
De acordo com informações do Cepea, o início do mês – com o recebimento de salários – e o feriado de Dias dos Pais que favoreceu a comercialização e resultou em uma melhora na liquidez no mercado doméstico.
Os preços da proteína não estavam reagindo nas últimas semanas, com a demanda no cenário interno enfraquecida e um aumento de 1,28% na produção nos primeiros sete meses, segundo levantamento da Safras & Mercado. “Houve um gradativo aumento da produção até junho, que foi em parte compensado com o recuo observado em julho. Mesmo assim, a oferta interna está crescendo, acumulando 1,06% nos sete primeiros meses do ano”, comenta o analista da Safras & Mercado, Allan Maia.
Preços
Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a maior variação de preços ocorreu no Paraná, com uma alta de 8,46%. Com isso, o estado realiza comercialização a R$ 3,46 pelo quilo do vivo. No Rio Grande do Sul, a pesquisa semanal realizada pela Acsurs (Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) mostrou que os preços médios para produtores independentes tiveram acréscimo de R$ 0,05 nas cotações. Após o aumento de 1,62%, a referência passou para R$ 3,14/kg. Veja no gráfico:
A Bolsa de Comercialização de Suínos do Estado de São Paulo "Mezo Wolters" trouxe aumento na margem de referência, que antes estava sendo praticada a R$ 65,00 a R$ 66,00 por arroba e foi definida a R$ R$ 66 e R$ 67/@ para esta semana. Os atuais valores são equivalentes a R$ 3,52 a R$ 3,57 pelo quilo do vivo.
Já em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, o cenário é contrário, em que as referências para a semana apresentaram redução. No estado mineiro, a Bolsa de Suínos ficou definida em R$ 3,60 pelo quilo do vivo, após semanas praticando a mesma referência. Apesar da queda, a notícia é positiva, pois a referência estava defasada, em que boa parte dos negócios não estava sendo realizado nestes patamares devido a um impasse entre frigoríficos e suinocultores. Além disso, segundo informou a Asemg (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais), houve um crescimento de 11,36% nas vendas da carcaça suína na Região Metropolitana de Belo Horizonte e deve permanecer em bom ritmo nos próximos dias.
Em Santa Catarina, a Bolsa de Suínos ficou mantida em R$ 3,10 pelo quilo do vivo, após a redução da referência na semana anterior. A preocupação no estado é com os custos de produção, em que a média de preços do estado está em R$ 2,85 por quilo, enquanto os suinocultores estão pagando R$ 3,20 por quilo. Segundo o presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivânio de Lorenzi, a valorização do dólar ante o real tem melhorado a remuneração para as vendas externas, porém trouxe aumento significativo aos insumos cotados na moeda norte americana.
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Exportações
Nesta semana, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) trouxe os números de embarques de carne suína in natura para a primeira semana de agosto, que manteve ritmo positivo após ter fechado julho com recorde de exportações da proteína. Em volume os embarques chegam a 12,1 mil toneladas, com média diária de 2,7 mil toneladas – acréscimo de 1,7% em relação ao mês passado.
Em receita, os embarques somaram US$ 32,2 milhões, com média diária de US$ 6,4 milhões. O preço por tonelada apresentou recuo de 2,4% em relação a julho deste ano, fechando a US$ 2.655,6.
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