Mapa divulga comunicado de prevenção à gripe aviária
Mesmo sem qualquer registro da doença no território nacional, o governo federal – através do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) – distribuiu aos Estados e produtores nota com recomendações para redução do risco de introdução do vírus da gripe aviária – influenza aviária (IA) – por aves migratórias em decorrência de casos nos Estados Unidos e do início do período de migração de aves do Hemisfério Norte para o Hemisfério Sul.
O ministério enviou um comunicado com recomendações sanitárias aos Serviços Veterinários Oficiais (SVOs) dos estados e da União, aos produtores de aves e ao público em geral. O objetivo é reforçar as medidas já implementadas para prevenção da introdução do vírus nos aviários brasileiros, que nunca tiveram registro da doença.
Aos SVOs, o Mapa recomenda que desenvolvam ações de educação sanitária e avaliação clínica e epidemiológica nas propriedades com aves, além do treinamento de Grupos de Emergências Estaduais, entre outras medidas.
Prevenção de casos nas empresas do setor
O setor produtivo deverá restringir a entrada de veículos, que deverão ser limpos e desinfetados antes do ingresso nas granjas. As empresas também deverão intensificar o controle de pragas, entre roedores e insetos, e a orientação aos trabalhadores quanto às medidas de biossegurança em geral e para o manuseio de animais doentes.
Todos os eventuais casos de síndrome respiratória grave entre trabalhadores deverão ser notificados aos serviços oficiais de saúde pública.
Ao público em geral, a recomendação é evitar contato com aves silvestres ou domésticas doentes ou encontradas mortas. Caso isso ocorra, deve-se lavar bem as mãos com água e sabão e trocar as roupas antes de qualquer contato com aves sadias.
Os criadores de aves, comerciais ou não, devem reforçar as boas práticas e cuidados de biossegurança, evitando o contato com outras aves e também com aves silvestres.
Qualquer ocorrência de mortalidade anormal ou doença com sinais compatíveis com a influenza aviária devem ser notificados ao Serviço Veterinário Oficial da unidade da Federação.
Já os casos suspeitos de infecção de humanos por vírus da influenza aviária devem ser notificados imediatamente à vigilância epidemiológica da secretaria do município, estado ou diretamente ao Ministério da Saúde.
Brasil não tem casos da doença
A doença é considerada exótica em todo o território nacional. Esta condição privilegiada se deve a medidas estruturais e de manejo implementadas na última década pelo Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), do Mapa.
Tais medidas incluem a proteção dos aviários com implantação de telas anti-pássaros nos galpões de criação; cercas de isolamento ao redor dos núcleos e galpões; proibição da circulação de animais domésticos no interior dos núcleos dos estabelecimentos de criação; controle e registro de trânsito de veículos e de acesso de pessoas aos estabelecimentos; procedimentos de desinfecção de veículos na entrada e na saída do estabelecimentos; limpeza e desinfecção dos galpões após a saída de cada lote; e obrigatoriedade de utilização de roupas e calçados limpos, entre outros procedimentos de mitigação de risco.
Leia a notícia na íntegra no site Avicultura Indústrial.
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