Reajustes da tarifa elétrica acendem alerta para a avicultura do PR
Na área rural, os produtores precisam de energia elétrica para manter a temperatura nos aviários e distribuir água e alimento aos frangos. Na indústria, todo maquinário de abate e processamento da carne depende de energia elétrica para funcionar. O insumo figura entre os mais importantes para a produção avícola paranaense, mas também se destaca por ser um dos mais caros. No custo final de algumas empresas associadas ao Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), a energia elétrica representa quase 30%.
Desde 2011, o Sindiavipar busca, junto ao governo do estado, alternativas específicas para a avicultura, como a solicitação para a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab) e à Copel da possibilidade de redução nos valores praticados entre as 18h e às 21h. Esse intervalo é chamado de “horário de ponta” porque registra os maiores índices de consumo dentro do dia e, consequentemente, apresenta preços mais altos. A redução para a avicultura impactaria de forma significativa nos frigoríficos e incubatórios, aponta o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins.
“A indústria não para, nem mesmo nesses horários de pico, porque precisamos manter a produção congelada e os embriões aquecidos 24 horas por dia. Como manter a competitividade quando os custos não param de subir?”. Além das possibilidades de desoneração, a indústria também estuda fontes alternativas de energia para a redução de custos. No caso dos aviários, a instalação de geradores seria uma das probabilidades aventadas.
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