Feijão-carioca começa o ano com preços em queda, informa Bolsa Brasileira de Mercadorias
Depois de ajudar a impulsionar a inflação no fim de 2019, o preço do feijão, que compõe o grupo de Alimentos e Bebidas, começa 2020 desabando. Em uma semana, a saca do feijão-carioca passou de R$ 260,00 para R$ 185,00 em Itaí, no interior paulista. A queda diária, segundo o último levantamento informado no site da Bolsa Brasileira de Mercadorias, foi de 28,85% e, no acumulado de 30 dias, chega a 36,21%. Em novembro, na mesma região, o valor da saca passou de R$ 190,00 para R$ 285,00 em um dia. Confira clicando aqui
Segundo a Conab – Companhia Nacional de Abastecimento -, o preço do feijão em cores pago aos produtores foi o que mais subiu entre outubro e novembro do ano passado, com alta de 34,64%. Os números são confirmados pelos indicadores de preços.
Os recuos também são observados em outras regiões produtoras levantadas pelo indicador BBM. Em Goiás, por exemplo, a saca de 60 kg está o patamar dos R$ 175,00 após queda diária de 30% observada na cidade de Cristalina. No Oeste da Bahia, a queda mensal é de 17,39% e a saca aparece em R$ 190,00.
Confira o indicador completo do feijão para todas as praças pesquisadas
Em dezembro, o IPCA-15 – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 -, considerado uma prévia da inflação oficial no país, avançou 1,05%, bem acima dos 0,14% observados no mês anterior. Enquanto os preços das carnes subiram 17,71% no último mês de 2019, representando o maior impacto individual sobre o índice em dezembro, o valor do feijão-carioca avançou 20,38% no mesmo período, alavancando o grupo de Alimentos e Bebidas que tem um peso importante no orçamento das famílias brasileiras.
O presidente do Ibrafe - Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses -, Marcelo Eduardo Lüders, corretor associado à Bolsa Brasileira pela Correpar, explica as quedas. “O movimento é devido principalmente aos boatos sobre a safra no Paraná e das férias coletivas gerais dos empacotadores”, resume. Lüders acredita que, em pouco tempo, os preços devem recuperar o patamar dos R$ 200 ou até R$ 220,00.
0 comentário
Ibrafe: semana foi marcada por poucos negócios no mercado do feijão
Semeadura do feijão está concluída na maior parte do Rio Grande do Sul
Produção de gergelim cresce 107% na safra de 2023/24 no Brasil
Ibrafe: Acordo do Gergelim abre caminho para o Feijão com a China
Arroz/Cepea: Preços são os menores em seis meses
Arroz de terras altas se torna opção atrativa de 2ª safra entre produtores do norte de Mato Grosso