O que impede que o preço do Feijão-carioca dispare
Novamente houve bom volume de venda durante o dia de ontem. Desde R$ 60, para Feijões seriamente danificados, no Paraná, passando por R$ 100, no Distrito Federal, até R$ 110, em Minas Gerais, para lotes nota 9. A expectativa de generalizar os valores acima de R$ 105/110 nos Feijões recém-colhidos em Minas, no DF e em Goiás ainda não foi possível. Os empacotadores relatam que o varejo está bastante resistente a qualquer alteração no preço do Feijão. Isso se deve às marcas que oferecem fardos com preços mais baixos. Qual o milagre? Não há milagre. O que há é que, se empacotam Feijão fora de tipo como tipo 1, ninguém pode competir com as marcas que zelam pela qualidade. O mercado acaba sendo nivelado por baixo. Os supermercados, salvo raríssimas situações, não são responsabilizados se o pacote tem peso a menos ou ainda se a qualidade não está de acordo com a legislação. Com isso, o preço pago ao produtor não reage. Soma-se a isso que todos os empacotadores têm listas de ofertas de grandes lotes de Feijões que estão armazenados. A oferta segue maior do que a demanda no momento. O Feijão-preto mantém os níveis praticados entre R$ 130/140 FOB cerealistas no Paraná. A dificuldade é crescente para encontrar lotes que ainda deem para empacotar uma vez que a qualidade esta prejudicada demais.
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