Embrapa recebe certificação e lança feijão preto entre 15 caravanas de agricultores e delegações internacionais - RSS

Publicado em 11/12/2017 10:40

12º Dia de Campo da Agroecologia preparado pela Embrapa Clima Temperado e instituições parceiras, nesta quinta-feira, dia 7 de dezembro, foi movimentado pelo número tradicional de participantes - mais de 800 pessoas - e pelas novidades apresentadas ao público como o lançamento da cultivar de feijão preto, a BRS Intrépido, a apresentação da nova cultivar de batata-doce, a BRS Gaita, e a entrega de certificação pela Fundação das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) ao projeto Guardiões de Sementes Crioulas, incluso na sua plataforma Boas Práticas Agropecuárias e Desenvolvimento Sustentável.


Todas as 10 estações técnicas trouxeram aos agricultores familiares, técnicos, professores, alunos e profissionais do meio rural estratégias de adoção de práticas agrícolas, que realizam a possibilidade da transição de um sistema convencional para um sistema de base ecológica, onde se conserve os recursos naturais e não se use agrotóxicos e outras técnicas que agridam o meio ambiente.


A estação voltada aos feijões mostrou parcelas a campo, implantadas as 40 dias, da BRS Intrépido e da BRS Paisano - esta a ser lançada em 2018 - e se falou da importância do alimento como subsistência e como garantia de renda à propriedade. Segundo o pesquisador Irajá Antunes, responsável pela concepção da cultivar em lançamento nesta ocasião, a BRS Intrépido, o produto final é um feijão de extrema resistência. "Este novo feijão competiu com vários ensaios brasileiros, somente nos três estados da região Sul realizamos 41 experimentos", disse o pesquisador. Nesta estação também foram apresentados leguminosas de duplo propósito - seja para uso do grão ou de palha - as quais tem expectativa também de lançamento pela Empresa, no próximo ano, devido ao alto valor nutricional desses grãos. 


Entre as várias estações foram destaques a das culturas da noz-pecã e da batata-doce como alternativas de diversificação rural. "A cultura da nogueira produz renda, através dos frutos e é produzida em épocas que não se tem culturas - final de abril/maio, além de ser eficaz para saúde", explicou o pesquisador Carlos Roberto Martins. O Estado possui 5 mil hectares de nogueiras, as quais começam a dar frutos após quatro anos de implantação, sendo que um dos agricultores, depois de 10 anos, produziu duas toneladas de frutos, com valores de comercialização entre oito a 16 reais/kilo. Foram apresentados nesta estação dois equipamentos nacionais para colheita, que otimizam a mão-de-obra. 


A estação da batata-doce apresentou, além das cultivares BRS Cuia, BRS Rubissol e BRS Amélia, BRS Fepagro Viola, um novo material que será lançado em 2018: a BRS Gaita, uma batata-doce com características que atendem tanto para consumo de mesa e animal, para indústria,  para produção de bebidas, obtenção de álcool farmacêutico e para produção de biocombustível. Durante a visitação, os participantes, inclusive, experimentaram o uso de álcool gel  a base de batata-doce.

 
A restauração ecológica foi uma das novas estações incluída na programação desta edição, que chamou a atenção por trazer importantes recomendações, especialmente aos agricultores, através de técnicas de recuperação ambiental de áreas. Foram mostradas parcelas com uso de  sistemas agroflorestais (SAFs), através da implantação de plantas arbóreas, medicinais, não-convencionais e outros cultivos, a técnica de nucleação (transposição de solo, poleiros, plantio adensado e galharia) e a da técnica de semeadura direta (bomba de semente). A técnica Daiana Bierhals da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural falou sobre como os agricultores, ainda, podem realizar a sua inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR), que tem prazo definitivo até 31/12. "Quem não fizer vai ficar irregular, sofrendo penalizações, e os agricultores não terão também direito a créditos rurais", informou a técnica. Segundo ela, a Secretaria fará de maneira gratuita o planejamento da recuperação ambiental a todos os agricultores proprietários e/ou posseiros até 64ha.

 

Leia mais no site da Embrapa. 

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Fonte:
Embrapa

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