Fenômeno La Niña se aproxima do fim e deve entrar na fase neutra, informa o Inmet
O fenômeno climático La Niña, caracterizado pelo resfriamento anormal e persistente da superfície do Oceano Pacífico Equatorial, está chegando ao fim e próximo da condição de neutralidade. A informação foi divulgada ontem (6) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM).
O evento teve início em dezembro de 2024, embora na Região do El Niño 3.4 (área entre 170°W e 120°W) os desvios da temperatura da superfície do mar (TSM) já vinham apresentando valores abaixo de zero desde agosto/2024, indicando a presença de águas mais frias que o normal nesta área do Pacífico Equatorial.
No entanto, apenas em dezembro de 2024 a temperatura atingiu valores inferiores a -0,5°C, condição necessária para a caracterização do fenômeno, ainda que em fraca intensidade. Nos meses de janeiro e fevereiro de 2025, esse limiar foi mantido, mas já se observa um enfraquecimento gradual do fenômeno.

Esse enfraquecimento das águas frias no Pacífico Equatorial pode ser identificado ao comparar dois períodos distintos: 1 a 15 de fevereiro e 16 a 28 de fevereiro. No segundo período, há uma redução da área com águas frias e o surgimento de águas ligeiramente mais quentes , especialmente próximas à costa oeste da América do Sul.
A persistência e expansão dessa área mais quente em direção à parte central do oceano favorecem a dissipação do fenômeno.

Os principais modelos meteorológicos internacionais, conforme anunciado pela OMM, indicam que as temperaturas da superfície do mar no Pacífico Equatorial devem permanecer abaixo da média na primeira quinzena de março, mas tendem a retornar à neutralidade em breve.
Desta forma, há uma probabilidade de 60% de que ocorra uma transição das condições de La Niña para a Neutralidade (sem a ocorrência de El Niño e La Niña), durante o trimestre março-abril-maio/2025, aumentando para 70% no trimestre abril-maio-junho/2025.
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