Monitoramento do Inmet mostra acumulado de chuva mais abrangente e regular sobre o Brasil na comparação com 2023
Este mês de dezembro chegou com um acumulado de chuvas entre os meses de setembro, outubro e novembro, muito mais abrangente e regular sobre o Brasil, na comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme o que mostra os registros do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
No mapa de precipitação acumulada neste ano, considerando os últimos 90 dias, níveis totais de chuva entre 500 e 600 milímetros aparecem em diversas áreas desde o Rio Grande do Sul, passando por Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso, Acre e Amazonas. Em grande parte do país, pelo menos 400 milímetros foram contabilizados nos últimos três meses.
No Centro-Oeste e Sudeste, apenas em alguns pontos mais localizados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso e o norte de Minas Gerais as chuvas não ultrapassaram os 300milímetros nos últimos três meses, mas tiveram volumes de pelo menos 250 milímetros, condição semelhante à observada no oeste da Bahia. O tempo permanece bastante seco na maior parte do Nordeste e localidades mais ao norte da Região Norte, sobretudo no Paraná, Amapá e Roraima.
Em dezembro de 2023, a condição era bastante diferente. O mapa de precipitação acumulada do Inmet mostra volumes superiores a 500 milímetros apenas na Região Sul, sul de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro e em alguns pontos da Região Norte. A condição sobre o Nordeste era bem mais seca, sobretudo se levado em consideração o oeste da Bahia, onde as chuvas não tinham ultrapassado 200 milímetros.
Nesse mesmo período de três meses havia também uma condição de chuva excessiva sobre a Região Sul, principalmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ambos estados tinham acumulados superiores a 700 milímetros em 90 dias de forma bastante abrangente, condição que chegava também a municípios do centro-sul paranaense.
Como mostra o mapa de anomalia de precipitação trimestre do Inmet para setembro, outubro e novembro de 2023, as chuvas foram acima da média em toda Região Sul, com situação mais crítica no norte do Rio Grande do Sul e leste de Santa Catarina. Alguns pontos espalhados do Brasil tinham precipitação além do normal, mas desde Mato Grosso do Sul, norte de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro até os estados mais ao norte, a anomalia era negativa, com pontos de Mato Grosso, Minas Gerais, Bahia e Amazonas muito aquém dos totais históricos.
Dessa forma, grandes estados produtores do Brasil têm um desenvolvimento muito mais positivos de lavouras nesta primeira metade de dezembro. Segundo a Emater/RS, no Rio Grande do Sul a área de soja alcançou na última semana 80% da projeção estimada. Por lá, foi possível observar que as áreas com efetiva cobertura de palhada mantiveram níveis adequados de umidade para o plantio por período mais extenso. Os problemas com perda de umidade no solo ocorreram em áreas com preparo mais convencional, conforme conta em relatório.
Para o Paraná, a Deral mostra 92% das lavouras de soja e 94% das de milho em boa condição. “Nos últimos dias houve chuvas generalizadas pelo Estado e em muitas regiões com volumes acima do que era esperado para o mês inteiro. Diante desse novo cenário de recomposição hídrica visualiza-se, neste momento, uma boa safra e devemos atingir a expectativa de produção inicial esperada”, aponta o departamento.
Em Mato Grosso, segundo informações do Ime, a semeadura de soja para a safra 2024/25 foi concluída no final de novembro. Após um atraso da precipitação logo depois do fim do vazio sanitário, a semeadura ganhou velocidade. A atenção fica para as chuvas entre janeiro e fevereiro após essa concentração de plantio, o que pode aumentar a quantidade de grãos variados. Mas de acordo último relatório as condições das lavouras na maior parte do estado estão dentro do esperado.
No estado de Mato Grosso do Sul, 91% das lavouras têm bom desenvolvimento. Apesar disso, áreas mais pontuais a sul registram condição pior, entre 77,2% e 80% de plantas em situação boa, com destaque no sul-fronteira, onde 6,7% estão ruins, como mostra levantamento da Aprosaja-MT, divulgado pela Famasul. Ainda assim, a expectativa é que a área seja 6,8% maior que o ciclo anterior, atingindo 4,501 milhões de hectares. A produtividade média estimada é de 51,7 sc/ha, com expectativa de produção de 13,977 milhões de toneladas.
Para o período de três meses entre dezembro, janeiro e fevereiro, o Inmet prevê chuvas acima da média para grande parte do país, principalmente em Mato Grosso e Região Norte. Diversas áreas devem seguir com totais dentro da média. Níveis mais negativos em relação ao normal estão previstos para Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
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