Terremoto mata mais de 100 pessoas em zona rural da China e casas desabam
Por Liz Lee e Qiaoyi Li e Ryan Woo
PEQUIM (Reuters) - Um terremoto de magnitude 6,2 atingiu uma das regiões mais pobres da China pouco antes da meia-noite de segunda-feira, matando pelo menos 126 pessoas, ferindo centenas e derrubando casas de barro em vilarejos remotos.
A mídia estatal chinesa que chegou ao vilarejo de Dahe, uma das áreas mais atingidas na província de Gansu, no noroeste da China, apontou que muitas casas corriam o risco de desabar ou já haviam desmoronado, especialmente as casas construídas com terra e argila.
"Vivo há mais de 80 anos e nunca tinha visto um terremoto tão grande", disse um idoso que estava sendo carregado para fora de sua casa danificada.
Mais de 155.000 casas em Gansu foram danificadas ou destruídas.
Às 23h59 (12h59 em Brasília) de segunda-feira, o terremoto sacudiu o condado de Jishishan, em Gansu, a uma profundidade de 10 km. O epicentro foi a 5 km da fronteira provincial entre Gansu e Qinghai, onde também foram sentidos fortes tremores.
Autoridades mobilizaram uma série de respostas de emergência depois que o terremoto destruiu estradas e infraestruturas, provocou deslizamentos de terra e soterrou metade de um vilarejo com lodo. Mas o trabalho de resgate tem se mostrado desafiador em temperaturas abaixo de zero, depois que uma forte onda de frio varreu o país.
Os terremotos são comuns em províncias como Gansu, situada na fronteira nordeste do planalto tectonicamente ativo de Qinghai-Tibetan. O terremoto mais mortal da China nas últimas décadas foi em 2008, quando um de magnitude 8,0 atingiu Sichuan, matando quase 70.000 pessoas.
Em Gansu, 113 pessoas morreram até as 13h de terça-feira (2h de Brasília) e 536 ficaram feridas, segundo as autoridades.
O número de mortos em Qinghai subiu para pelo menos 13, com 182 feridos.
Oficialmente, 20 pessoas continuam desaparecidas.
Cerca de 2.200 funcionários do corpo de bombeiros da província de Gansu e 900 da brigada florestal, além de 260 profissionais de resgate de emergência, foram enviados para a zona do desastre, informou a agência de notícias Xinhua, acrescentando que centenas de militares e policiais também foram enviados.
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